São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996 |
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Boneca sem bofe ataca sem-terra!
JOSÉ SIMÃO
E adorei que o Gil propôs pro Paulinho da Viola tranferirem a polêmica para a área musical: ele faria um afoxé e o Paulinho, um samba. Mas aí o afoxé estourava nas paradas e o samba micava e o Paulinho reclamava e aí recomeçava tudo de novo. Eles vão acabar fazendo as pazes é na Portela! E droga por droga porque o Rio não libera a maconha e criminaliza o César Maia? Rarará! E diz que os sem-terra tão acampados na Assembléia. Tão certos! Existe área mais improdutiva que a Assembléia? E o Ibirapuera tá animado! Já tem o bichódromo e agora os sem-terra. Já imaginou se os sem-terra viram gays e os gays fazem o MSB, Movimento dos Sem-Bofe? Rarará! Bonecas ficam sem bofe e atacam os sem-terra! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! E se o FHC não fizer a reforma agrária ele vai ter que cortar um dedo daquela mão espalmada. Aliás, eu acho que ele já tá devendo dedo! E em São Paulo tá assim: de dia falta água, de noite falta luz, a linha do celular cai antes e a Internet só dá ocupado. E esse é o rap do Projeto Pingapura, ops, Cingapura: eu só quero ser feliz, ter um apartamento no Cingapura e morar em Paris. Rarará. Hoje só amanhã. Vai indo que eu não vou! São Paulo foi fundada há 442 anos. E afundada na última enchente. E se o sertão virar mar o Zezé di Camargo e o Luciano viram surfistas. Rarará! E diz que na Índia tinha um iogue que levantava pedra com o pênis. E aí o Itamaraty fez fila. E chega porque eu fui no aniversário da Vania Toledo na casa do Tufi Duek. E acordei fazendo curva quadrada! Texto Anterior: Pavarotti fará recital para teatro Fenice Próximo Texto: Tim animador; Plastificado; Explicação; Comemoração Índice |
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