São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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'Cassiopéia' disputa pioneirismo com 'Toy Story'

PAULO CAMARGO
DA REDAÇÃO

Está chegando em fevereiro aos cinemas do país o desenho animado "Cassiopéia", o primeiro longa-metragem brasileiro a ter 100% das imagens geradas por computadores.
A produção não entrou para a história do cinema como a pioneira do gênero por pouco.
Os estúdios Walt Disney acabaram saindo à frente com o seu "Toy Story - Um Mundo de Aventuras", de John Lasseter, lançado com grande sucesso há três meses nos Estados Unidos.
Segundo o diretor e idealizador de "Cassiopéia", o ex-publicitário e animador Clóvis Vieira, a produção do desenho brasileiro foi iniciada em 1992, antes de "Toy Story" começar a ser feito.
"Um representante da Disney chegou a nos procurar há dois anos, querendo saber como era o nosso projeto", disse Vieira.
O diretor, no entanto, prefere não alimentar polêmicas. "Seria o mesmo que ficarmos discutindo quem é o verdadeiro inventor do avião, Santos Dummont ou os irmãos Wright", afirmou.
Financiamento
O custo de "Cassiopéia" já chegou a R$ 1,5 milhão e deverá atingir R$ 2,4 milhões, quando ficarem prontas as cópias dubladas em inglês. Mesmo assim, o orçamento é muito menor do que os US$ 30 milhões de "Toy Story".
Clóvis Vieira e a NDR Filmes, produtores do filme, e as produtoras associadas, Tania Muller, Ester Unger e Eraclina Rossi, investiram recursos próprios para alavancar o projeto.
Ao longo dos últimos três anos, a produção vem buscando financiamento junto à iniciativa privada e ao governo federal.
Por intermédio da Lei do Audiovisual, conseguiram captar R$ 327 mil. O Ministério da Cultura, por meio da Fundação Banco do Brasil e do Instituto Latino-Americano, contribuiu com R$ 250 mil.
A distribuição das 60 cópias do desenho no Brasil será feita pelo consórcio Luiz Severiano Ribeiro.

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