São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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China realiza ofensiva contra separatistas da etnia mongol

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Doze militantes nacionalistas mongóis foram presos pela polícia chinesa, acusados de incentivar a "contra-revolução" e de "buscar dividir o país".
As detenções ocorreram em dezembro e foram divulgadas ontem pelo Human Rights in China (Direitos Humanos na China), organização sediada nos EUA.
Os mongóis são uma das 56 etnias que vivem na China. Estão, em sua maioria, numa Província chamada Mongólia Interior, que faz fronteira com a Mongólia, país independente com longa história de conflitos com os chineses.
A polícia reprimiu manifestações de estudantes na Universidade de Hohhot, capital da Mongólia Interior. Os manifestantes levavam retratos de Gengis Khan, líder militar do império mongol no século 13, e pediam a libertação de intelectuais mongóis.
A ofensiva continuou até o final do ano passado, com mais prisões. A agência "Reuter" confirmou com funcionários do governo local que os 12 continuam presos.
O Partido Comunista chinês governa o país desde 1949 e não admite oposição. Teme militantes pró-democracia e separatistas.

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