São Paulo, domingo, 4 de fevereiro de 1996 |
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'Estão querendo tirar salário do trabalhador'
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Segundo ele, muitos empresários falam em cortar encargos quando "estão querendo tirar salário indireto dos trabalhadores." Heiguiberto Guiba Navarro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, tem negociado a questão com governo e empresários representando a CUT. Guiba defende que alguns encargos poderiam ser cobrados sobre o faturamento das empresas. Salário educação, contribuições ao Incra, Senai, Sebrae e auxílio enfermidade, diz Guiba, poderiam deixar de ser cobrados sobre a folha de pagamento e passar a recair sobre o faturamento das empresas. Vicentinho diz desconhecer a proposta de Guiba. "Mas acho que devemos considerá-la." O presidente da Força Sindical, Luiz Antonio de Medeiros, concorda em negociar mudanças. "Podemos negociar um corte nos encargos sociais com os empresários. Mas, em contrapartida, precisamos estabelecer metas claras de geração de emprego. Não podemos dar um tiro no escuro", afirma Medeiros. Para ele, tem empresário que confunde "direito adquirido, como 13º e férias, com encargo." Mais entusiasta do corte nos encargos sociais, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e diretor da Força Sindical, sugere que entidades como o Sesc passem a ser sustentadas por um imposto sobre o consumo, por exemplo, a ser criado na reforma fiscal. Paulinho acredita até ser possível uma redução no descanso semanal remunerado, desde que haja um corte proporcional na jornada de trabalho. Texto Anterior: Definição de encargo é polêmica Próximo Texto: Fiesp defende a contribuição ao Sesi e Senai Índice |
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