São Paulo, domingo, 4 de fevereiro de 1996
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Projeto quer limpar 2º maior reservatório de SP

LM
DA REPORTAGEM LOCAL

Como despoluir uma represa de 630 km2 localizada em quatro cidades, cercada por 200 loteamentos irregulares e 186 favelas -a maioria sem rede de esgoto- e que é o segundo maior reservatório de São Paulo, responsável pelo abastecimento de cerca de 3 milhões de pessoas?
Um plano para tentar melhorar a água na Guarapiranga foi traçado e assinado em 92 pela prefeitura e Estado. O programa prevê ações da ampliação da rede de saneamento (mais 264 km de redes), urbanização de 163 favelas, criação de quatro parques, reflorestamento de áreas ao redor da represa, tratamento de aterros sanitários e programas de educação ambiental.
A divisão de tarefas é a seguinte: a prefeitura é responsável pela urbanização das 163 favelas e pela construção de um dos parques e o Estado fica com o resto. Até agora três favelas foram urbanizadas e 20% da rede de esgoto está pronta.
Tanto a prefeitura quanto o Estado dizem que estão dentro do cronograma, isto é, prometem acabar as obras até o final de 97. O prazo é fixo porque quase metade do programa é financiado pelo BID. O banco paga R$ 119 milhões dos US$ 262 milhões necessários para pagar o projeto.
No Jardim Alpino (zona sul), uma das favelas urbanizadas, os moradores se dizem felizes com a urbanização, mas afirmam que ainda há problemas. "A última vez que choveu minha casa encheu. Antes, a chuva não entrava aqui. Os bueiros entopem. Acho que a obra não ficou bem feita", diz Lucia Oliveira, 26.

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