São Paulo, domingo, 4 de fevereiro de 1996
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Revista de cirurgia completa dez anos; A FRASE; O NÚMERO; Hipertensão leve pode ser tratada sem remédio; Cientistas sugerem novo caminho contra câncer; Reserva de vírus da varíola será destruída

JULIO ABRAMCZYK

Revista de cirurgia completa dez anos
Folha Imagem
A revista "Acta Cirúrgica Brasileira" (foto), da Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia, lançou uma edição especial com o resumo de todos os artigos publicados desde o seu primeiro número, há dez anos, sobre cirurgia experimental.

A FRASE
"Manter reféns em um hospital constitui uma flagrante violação do direito internacional e dos direitos do homem, em particular dos direitos do doente receber assistência médica e proteção".
(Do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Hiroshi Nakajima).

O NÚMERO
220 ... mil pessoas, no Brasil, são portadoras de fendas nos lábios e céu da boca (fissuras lábio-palatais) segundo o Centro de Divulgação Científica do Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais da USP, instalado em Bauru (SP).

Hipertensão leve pode ser tratada sem remédio
O médico Décio Mion Júnior e colaboradores da Liga de Hipertensão Arterial do Hospital das Clínicas observaram que a maioria das pessoas com pressão arterial acima da normal prefere tomar remédios. Nos hipertensos leves, a recomendação inicial dos médicos é o tratamento não-farmacológico (redução do peso nos obesos; diminuição da ingestão de gorduras, sal e bebidas alcoólicas e exercícios).

Cientistas sugerem novo caminho contra câncer
Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciências, em Rehovot, Israel, observaram que o crescimento de um tumor depende do desenvolvimento de novos vasos sanguíneos ao seu redor. Sem esses vasos neoformados, o tumor não poderá crescer por falta de oferta de nutrientes e de oxigênio. Rinat Abramovitch, Gila Meir e Michael Neeman relatam na revista "Interface", do Instituto Weizmann, que o fato pode abrir caminho para novas terapias.

Reserva de vírus da varíola será destruída
Há menos de 30 anos, a varíola atingia anualmente cerca de 15 milhões de pessoas. Graças à vacinação, foi erradicada já há 16 anos. Mas, uma pequena reserva do vírus que provoca a doença foi mantida em laboratórios da Federação da Rússia e dos EUA. A Organização Mundial da Saúde está sugerindo a destruição total dos vírus remanescentes. A decisão deverá ser adotada na 49ª Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça, de 20 a 25 de maio.

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