São Paulo, domingo, 4 de fevereiro de 1996
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Jogadores e times lançam franquias de esportes

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Clubes de futebol, jogadores e ex-jogadores estão descobrindo que franquias de produtos ligados ao esporte podem ser um negócio bom e rentável.
O final deste mês vai ser marcado pela abertura de diversas novas escolinhas de futebol, todas viabilizadas em forma de franquias.
A Escola de Bola do Marcelinho, jogador do Corinthians, abre sua terceira franquia no dia 25, em Santo André (SP).
"Terminamos de formatar a franquia em março, quando prevemos expansão", diz José Luiz Araújo, idealizador da franquia.
Na mesma semana, serão abertas duas escolinhas do Corinthians em São Paulo.
"Estamos concluindo negociações para franquias no Paraná, Mato Grosso do Sul e Amazonas", diz Murillo Serpa, gerente de marketing do clube.
A meta do time é fechar o ano com dez escolinhas de futebol franqueadas. O Palmeiras dá os retoques finais para lançar o seu sistema de franquias em março.
Sérgio Magri, que há quase dois anos cuida das escolas de futebol do São Paulo, explica o crescente interesse por franquias: "Os clubes têm uma boa marca, mas não têm condições de atender o grande número de garotos interessados".
No caso do São Paulo Center, já somam nove os contratos de franquias assinados. A previsão é terminar 1996 com 30 unidades.
As franquias das escolas de futebol têm outro interesse para os clubes: a lucratividade. Além da taxa de franquia (dividida entre clube e organizador da franquia), há os royalties de 8% a 11% do faturamento bruto.
Outro ponto é que os clubes podem ser os donos do passe de um futuro bom jogador, saído de suas escolas franqueadas.
Mas o interessado em abrir uma franquia de escolinha de esporte deve tomar alguns cuidados.
O consultor Marcelo Cherto, da Cherto e Associados, diz que falta um planejamento adequado para muitos franqueadores do setor.
Como precaução, o ex-jogador Sócrates adiou por um ano a expansão da Escolinha de Futebol Dr. Sócrates. Motivo: ele será técnico no Equador e não acompanhará a escola nesse período.
E não é só o futebol que está atraindo o interesse das franquias.
A Clínica de Tênis Kirmayr está reformulando o seu sistema de franquias, inaugurado em 1990. "Vamos investir em miniquadras. São próprias para crianças e mais baratas", diz Christian Kirmayr.
A Queens, grande importadora de aparelhos de ginástica, está fazendo testes para começar a franquear sua marca no final do ano.

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