São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Acusado de estupro é queimado

DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro homens foram presos no sábado à noite, em Perdizes (zona oeste de São Paulo), acusados de terem matado, quebrado e ateado fogo no corpo de um rapaz conhecido como "Hippie", que teria estuprado uma menina de 12 anos.
Segundo a polícia, Fernando Mariano de Souza, 22, Milton do Carmo, 38, Juraci Manoel do Carmo, 35, e o pintor Carlos Alberto Passos de Jesus, 30, teriam matado Hippie porque ele teria estuprado M.C.
Os quatro acusados, o Hippie e a menina moravam em um cortiço na rua Ministro de Godói, 108, em Perdizes.
M.C. contou que na quarta-feira o Hippie a amarrou em seu quarto e a estuprou.
A garota disse que foi levada ao cortiço pelo pintor Carlos Alberto. "Eu não tinha onde morar e ele me ajudou como um pai", contou.
A menina afirmou que procurou guardar segredo do estupro, mas, no sábado, o pintor e seus outros três colegas de quarto acabaram descobrindo.
A moradora do cortiço Creusa Santana da Silva, 29, disse que os homens pediram para ela manter M.C. em seu quarto e não se dirigir à edícula da casa, onde dormiam os quadro acusados e o Hippie.
O corpo de Hippie foi encontrado dentro de um carrinho de supermercado na avenida Francisco Matarazzo, esquina com a rua Ministro de Godói. O corpo, amarrado com arame-farpado, estava carbonizado e os ossos quebrados, para que ele coubesse no carrinho.
Segundo a polícia, os quatro acusados teriam confessado que amarraram Hippie na edícula do cortiço e o assassinado a golpes de enxada. Depois teriam colocado o corpo dentro do carrinho de supermercado, coberto com dois colchões. Teriam, então, comprado um litro de gasolina e ateado fogo.

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