São Paulo, quarta-feira, 7 de fevereiro de 1996 |
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Governo do Rio lança campanha contra drogas
RONI LIMA
O uso de apitos por frequentadores da praia, revelado pela Folha em dezembro, serve para alertar os usuários de maconha sobre a presença de policiais. A partir de domingo, em Copacabana, começam a ser distribuídos cerca de 100 mil panfletos nas praia do Rio, recomendando às pessoas que evitem as drogas. Coordenada pelo Conen (Conselho Estadual de Entorpecentes) e com apoio financeiro da Adhonep (Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno), a campanha foi orçada em R$ 15 mil. Paralelamente, o governador assinou sete convênios com instituições e universidades que contribuirão com o trabalho de prevenção e de tratamento para viciados. Para Alencar, "é evidente" que o tráfico de drogas precisa ser reprimido, mas é necessário também "um programa educativo" para se desestimular o uso de drogas. O presidente do Conen, Elmo Portella, disse receber uma média diária de 15 a 20 pessoas que buscam ajuda gratuita para a cura do vício. O órgão estadual (tel. 021-589-8709) conta com uma equipe de psicólogos. Ao contrário do governador, Portella negou que o lançamento da campanha "Verão sem Drogas" tivesse sido motivado pela moda dos apitos. Ele disse que se pensou na campanha porque no verão, período de férias, há um aumento do uso de drogas. Portella disse que, em pesquisa de 93 promovida em capitais do país pela Escola Paulista de Medicina e o Conselho Federal de Entorpecentes, junto a estudantes dos 1º e 2º graus, constatou-se que 24,5% já haviam usado drogas. São Paulo ficou em primeiro lugar no consumo, e o Rio de Janeiro, em sexto. As drogas mais consumidas eram cola de sapateiro e tranquilizantes. O uso da maconha ficou em quarto lugar, e o da cocaína, em sexto. Texto Anterior: Choque na Dutra deixa um morto e pára 10 km Próximo Texto: Português sequestrado é libertado em Niterói Índice |
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