São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996
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Acordo do Banespa 'patina' na Assembléia

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo paulista ainda não conseguiu o apoio da maioria dos deputados para iniciar o processo de votação do projeto de lei que viabiliza o acordo para o pagamento da dívida do Estado (R$ 15 bilhões) com o Banespa.
A bancada do PMDB, que conta com 15 deputados, se declara em obstrução até que o governo estadual esclareça a origem das dívidas do Estado com o banco.
Juntamente com o PT, o PMDB conseguiu evitar, ontem, a instalação de uma sessão conjunta de comissões, que agilizaria a votação.
O governo pretendia aprovar o projeto até o Carnaval, mas não deverá conseguir cumprir a meta.
Apesar de continuar negociando com o PMDB, o líder do governo, Walter Feldman (PSDB), tenta quebrar a resistência do PT.
O partido tem a segunda maior bancada, com 16 deputados, e se sair da obstrução já ajudará a votação do projeto.
Os petistas demandam que o governo se comprometa, por meio de lei, com a transformação do Banespa em banco público. O governo resiste a incluir o assunto no projeto para o sanear o banco.
Mas se o governo sinalizar que está disposto a aprovar na Assembléia a transformação do banco, poderá conquistar o PT.
"Não queremos devolver o banco ao Estado para que esteja exposto aos mesmos riscos que o levaram à situação atual", diz o líder do PT, Rui Falcão.
O secretário Yoshiaki Nakano (Fazenda) disse aos deputados ontem que a idéia do governo Covas é reduzir a participação acionária do Estado dos 66,7% atuais para algo em torno de 30%.

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