São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996
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Saída é 'normal', diz Brandão

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 69 anos, o presidente do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, continua firme e forte na missão que recebeu do legendário Amador Aguiar, fundador do maior banco popular privado da América Latina.
Sua rotina começa às 7h da manhã, "quando não antes", e se estende até as 20h.
A dura -e espartana- jornada, copiada há décadas pelos colegas de diretoria de Brandão, estaria por trás da saída de dois dos principais executivos do banco, Alcides Tápias e Armando Fernandes Júnior, em março. Ambos partem em busca de melhor qualidade de vida. Outro fator seria a demora de Brandão em definir a quem ele passará o bastão da presidência.
Brandão reconhece o estilo estressante de gestão do Bradesco, mas afirma que a dedicação de todos os executivos à instituição "está no sangue".
Quanto à sucessão, ele apenas diz que vai ficando.
*
Folha - O que está acontecendo no banco, que perdeu dois importantes executivos?
Lázaro Brandão - Não está acontecendo nada, eles saem porque têm projetos de vida pessoais. Respeitamos e daremos apoio em suas novas iniciativas. Sair do banco é normal.
Folha - O Alcides Tápias era considerado seu virtual sucessor. O que houve?
Brandão - A saída dele não tem nada a ver com a minha sucessão. Nossa regra é que não há predefinição. O melhor candidato depende do ângulo de quem olha.
Folha - De seu ângulo, quem é o melhor?
Brandão - Não posso dizer.
Folha -Até quando o senhor pretende ficar à frente do Bradesco?
Brandão - Fico enquanto tiver forças e achar que não estou prejudicando a empresa.

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