São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Fogueira das vaidades; Prato de resistência; Vergonha nacional; Tiro ao alvo; Pelo telefone; É proibido fumar; Conexão paraguaia; Opção gaúcha; Sombra e água fresca; Berço esplêndido; Cofre aberto; Sobe e desce; Bate-boca; Time reserva; Bola fora; Corpo-a-corpo; Visita à Folha

Fogueira das vaidades
Os líderes do governo estão prevendo dificuldades na votação em plenário do relatório de Euler Ribeiro sobre a Previdência. Acham que será preciso FHC afagar o ego dos deputados para que se sintam importantes ao votar.

Prato de resistência
FHC deve ser a principal atração do jantar de hoje à noite na casa do presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Vai estar presente toda a cúpula do PFL, para acertar detalhes da estratégia para a votação da reforma da Previdência.

Vergonha nacional
Michel Temer (PMDB-SP) diz que terá que ser mudada a aposentadoria especial dos parlamentares (após oito anos de mandato). Para ele, a opinião pública não aceita mais esse tipo de privilégio. "Não tem como não mexer. Seria vergonhoso para o Congresso."

Tiro ao alvo
Serra sentou à esquerda de Malan na reunião ministerial de ontem. Na hora de falar, foi direto ao alvo. Culpou os juros altos pelo déficit público. Todos os demais ministros olhavam para Malan.

Pelo telefone
Ao abrir a reunião ministerial, FHC lembrou que o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, não pôde comparecer por estar viajando. "Deve estar em algum lugar instalando telefone", disse.

É proibido fumar
Na reunião ministerial, apenas Malan se aventurou a acender o cachimbo. Fumante inveterado, Jobim ameaçou acender também o seu. Mas desistiu diante dos olhares de reprovação dos colegas.

Conexão paraguaia
O Banco Central está intrigado com uma conexão entre operações dos bancos Econômico e Nacional. Trata-se de empréstimo de US$ 10 milhões do Econômico que foi parar em uma subsidiária do Nacional em Assunção.

Opção gaúcha
O governo gaúcho está fechando acordo com empresários argentinos para importar gás natural da Argentina. FHC tinha prometido estender até Porto Alegre o gasoduto que vai trazer gás da Bolívia.

Sombra e água fresca
Após o turbilhão de confusões em torno da reforma da Previdência, o deputado Jair Meneguelli (PT-SP) confessou ontem seu sonho para o fim-de-semana: "Beber uma cervejinha, fumar um charutinho e assistir futebol na TV por assinatura".

Berço esplêndido
Aprovado na Câmara em abril de 1994, o novo Código Nacional de Trânsito dorme desde aquela época nas comissões do Senado. O código pune de forma severa os infratores do trânsito, que matam 50 mil pessoas por ano no Brasil.

Cofre aberto
Nas reuniões com tucanos que vão se candidatar a prefeito, Sérgio Motta tem oferecido mais que apoio político. Anteontem, tranquilizou Thomaz Nonô, candidato em Maceió, dizendo que recursos para campanha não vão faltar.

Sobe e desce
Paulo Maluf abandona o namoro com os tucanos e volta a falar insistentemente na candidatura do empresário Antônio Ermírio de Moraes a prefeito de São Paulo. Os malufistas garantem que Ermírio já está filiado ao PPB.

Bate-boca
Correligionários de Mercadante dizem que Motta e Maluf querem Erundina candidata em São Paulo para explorar sua taxa de rejeição. Ela argumenta que aparece melhor que seu colega nas pesquisas. Travam hoje o primeiro round em debate em São Miguel Paulista.

Time reserva
O PSDB também faz debate entre os prefeituráveis Walter Feldman e Émerson Kapaz, às 15h de hoje, na Associação Comercial de São Miguel Paulista. Faz de conta que Sérgio Motta não é candidato.

Bola fora
A desastrada participação de Ronaldo Cezar Coelho no episódio Michael Jackson fez com que ele se tornasse mais conhecido. Mas pode sepultar seus planos de se candidatar a prefeito do Rio.

Corpo-a-corpo
FHC decidiu que não vai medir esforços para que o Senado aprove o projeto que transfere crimes de policiais militares para a Justiça comum. Vai conversar com os senadores contrários ao projeto.

Visita à Folha
Os deputados federais Moreira Franco (PMDB-RJ) e Regis de Oliveira (PFL-SP) visitaram ontem a Folha.

TIROTEIO
Do senador Esperidião Amin (PPB-SC), sobre a decisão de Luiz Eduardo Magalhães (PFL-BA), em consulta a FHC, de acabar com a comissão especial da Previdência e levar a matéria para o plenário da Câmara:
- É um ato de mandonismo inédito no Congresso. Um "capitis diminutio" (expressão latina que significa perda de autoridade) do Legislativo.

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