São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
Próximo Texto | Índice

O próximo capítulo; Sinal vermelho; Fujimorização; Data marcada; Alvo preferido; Dobradinha; Maldição; Afago; Depois deles; Pela vida; Marcação cerrada; A primeira vez; Modernidade; Que rei sou eu?; Exemplo; Superstição; Viciado; Expropriação

O próximo capítulo
Com o apoio de ministros de tribunais superiores, a Associação dos Magistrados Brasileiros, que se reúne hoje no Rio, articula um lobby para manter a aposentadoria especial do Judiciário do jeito que está. O Planalto está informado.

Sinal vermelho
FHC e seus auxiliares mais próximos não gostaram nem um pouco da iniciativa de Maurílio Ferreira Lima, da Radiobrás, de lançar campanha de rua pela reeleição presidencial. Acham que não funciona e prejudica a proposta.

Fujimorização
A moda da reeleição na América Latina começou com Fujimori. Depois, foi Menem. FHC caminha agora na mesma direção. No Peru, correligionários de Fujimori já defendem um terceiro mandato.

Data marcada
A previsão é do Planalto. Se a emenda da reeleição não for votada até junho, deverá ficar para 97. A comissão que julgará a emenda será instalada nos próximos dias.

Alvo preferido
Para reforçar a reforma da Previdência, o Planalto divulgará nos próximos dias uma lista de três Estados cujas folhas de pagamento dos inativos já supera a dos ativos. Um deles é o Mato Grosso.

Dobradinha
Luis Eduardo foi o interlocutor mais assíduo de FHC ao longo da semana. Com a agenda livre, FHC articulou o desvio dos torpedos contra a reforma da Previdência.

Maldição
Luis Carlos Santos (PMDB-SP) defendeu, na reunião ministerial, o Pacto Social, expressão desgastada e amaldiçoada. Sarney e Itamar tentaram e não deu certo. FHC estimulou a conversa.

Afago
Na reunião ministerial de sexta, os líderes no Congresso receberam elogio de FHC, especialmente Luis Carlos Santos (PMDB-SP). "O Ulysses dizia que político tem que ser ruminante (paciente). O Luis Carlos é."

Depois deles
FHC avalia que o acordo com Vicentinho mostrou que há uma nova geração no sindicalismo brasileiro -mais permeável ao diálogo do que as anteriores.

Pela vida
D. Paulo Evaristo Arns já decidiu o que fazer quando se aposentar, em setembro próximo. Vai cuidar de doentes de Aids e de idosos, além de escrever um livro sobre sua atuação na defesa de presos políticos do regime militar.

Marcação cerrada
A Anistia Internacional lutará para aprovar projeto que transfere crimes de PMs para a Justiça comum. Inundará de cartas gabinetes de senadores e de FHC. "Se o governo quiser, o projeto passa', diz Carlos Idoeta, diretor da entidade.

A primeira vez
Os secretários estaduais paulistas Cabrera (Agricultura) e Montoro Filho (Planejamento) disputam a paternidade da primeira privatização do governo Covas: a venda do Ceagesp, por R$ 275 milhões, na Bolsa de Valores.

Modernidade
O endereço eletrônico que Fernando Collor de Mello usa na Internet para correspondências pessoais é collor@america.com.

Que rei sou eu?
A presença de ministros no palanque na eleição deste ano ficou fora da reunião ministerial de sexta, mas no final foi abordada. Pelé, muito solicitado para fotos com candidatos, queria orientação de FHC. Como resposta, risos.

Exemplo
Toda vez que o caso do ex-banqueiro Calmon de Sá é analisado por assessores de FHC, lembra-se do empresário-festeiro Gilberto Scarpa. Acredita-se que Scarpa só não está na cadeia devido a um pedido de prisão malfeito.

Superstição
FHC vai à Festa da Uva, em Caxias (RS), dia 23. Foi convencido por Germano Rigoto (PMDB), líder no Congresso. "O Collor não foi e se deu mal", lembrou o deputado. "Assim, não posso deixar de ir", respondeu.

Viciado
Vítima de hérnia de disco, José Aníbal ficou três semanas sem ir a Brasília. Ao voltar, na semana passada, tirou o colete ortopédico que usava no pescoço, e voltou a sentir fortes dores. "Já virei um dependente da coleira", diz.

Expropriação
Destaque intrigante de Cidinha Campos (PDT-RJ) na reforma da Previdência. Empresário contratado para serviço público que prestar informações falsas sobre débitos ao INSS será preso. E a empresa fica para os empregados.

TIROTEIO
Do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, ao orientar seus subordinados a investigar o empresário Gilberto Scarpa, que patrocinou recentemente uma festa de US$ 1 milhão em Punta del Este, no Uruguai:
- Esse aí não me "escarpa".

Próximo Texto: Perto de Deus
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.