São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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UNIDOS DA GAROA

"É bom trabalhar na Nenê, mas o Carnaval não se faz com amizade e sim com profissionalismo", afirma Luciano Silva Costa (foto), auxiliar de Joãosinho Trinta na Nenê de Vila Matilde. Segundo ele, no Rio de Janeiro o Carnaval é o ano todo e em São Paulo é só em fevereiro.
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O carnavalesco Joãosinho Trinta diz que não existe um bom Carnaval sem uma cultura de Carnaval. "Nosso trabalho na Nenê é de preparação. No próximo ano nós veremos os resultados. É um trabalho a longo prazo", disse Joãosinho, responsável também pela Viradouro, escola do Grupo Especial do Rio.

Arcy Moreira (no centro), assistente do carnavalesco Cidinho de Ramos (à esq.), diz que valeu a pena trabalhar em São Paulo. "O paulista acha que o Carnaval é diversão. No Rio é uma indústria. Quem trabalha no Rio é profissional. O paulista para diversão é menos aberto que o carioca", disse Arcy. A equipe foi contratada pela Vai-Vai para produzir o desfile deste ano.
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Após desfilar por quatro anos na Mangueira, a estudante paulistana Carla Teixeira Álvares, 22, quer sair neste ano no Salgueiro. "Gostei do enredo deles, que é uma homenagem aos imigrantes italianos. Sou descendente", disse. Carla ainda não comprou a fantasia do Salgueiro porque, segundo ela, o preço cobrado é uma exorbitância. "Chegaram a pedir R$ 450 por uma fantasia. Eu nunca paguei mais de US$ 200 por uma fantasia na Mangueira", disse.

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