São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996
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Relator estuda derrubar limite de participação de estrangeiros

DANIEL BRAMATTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL está pressionando o presidente Fernando Henrique Cardoso a eliminar o limite de 83% para o capital estrangeiro na exploração da telefonia celular pela iniciativa privada.
O limite está estabelecido no projeto do governo que regulamenta a abertura do setor, em tramitação na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicações da Câmara dos Deputados.
O relator do projeto, deputado Arolde de Oliveira (PFL-RJ), também foi pressionado a mudar o texto. "Eu tinha dúvidas sobre a conveniência de acabar com esse limite, mas fui convencido pelo presidente (do PFL) Jorge Bornhausen", disse Oliveira.
Os pefelistas argumentaram, em jantar sábado com FHC, que a restrição ao capital estrangeiro não se enquadra ao espírito da emenda constitucional que acabou com a diferenciação entre empresas brasileiras e estrangeiras.
Segundo o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), FHC disse que reavaliaria a constitucionalidade da matéria.
O presidente, porém, repetiu os argumentos do ministro Sérgio Motta (Comunicações), de que o limite estabelecido não prejudica nenhum dos consórcios formados.
Pela proposta do governo, brasileiros terão de controlar pelo menos 51% das ações com direito a voto nas empresas de telefonia.
Como uma empresa pode ter até dois terços de suas ações sem direito a voto, o limite real para os estrangeiros é 83%.

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