São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996 |
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Traficante diz que não recebeu dinheiro por clipe
SERGIO TORRES
Em entrevista por telefone, ele disse que evita confrontos. * Folha - Há relacionamento entre tráfico e polícia? Marcinho VP - Com a polícia quero paz. Quando disse que podia matar disse uma coisa meio óbvia. Podia porque na favela é fácil. Só que não quero. Eles são vulneráveis, mas é melhor não matar. Folha - No morro do Alemão há traficante com esse apelido. Marcinho VP - Só pode ser coincidência. Folha - Quanto se vende de drogas no Dona Marta? Marcinho VP - As vendas não estão boas por causa da polícia. Folha - Você esperava repercussão da entrevista que deu? Marcinho VP - Fui ingênuo. Tive pena dos repórteres. Não esperava a confusão. Folha - A produção do cantor procurou o tráfico? Marcinho VP - Não fui procurado pelo pessoal do Michael Jackson. A associação de moradores fechou tudo por R$ 5.000. Folha - Você viu a gravação? Marcinho VP - Assisti tudo de cima de uma laje. Folha - O tráfico cuidou da segurança do Michael Jackson? Marcinho VP - Não me envolvi nisso, mas sabia do que acontecia. Folha - Qual seu poderio? Marcinho VP - Qualquer coisa que acontece aqui eu sei. Vi vocês descendo o morro há duas horas. Folha - Preocupado com a investida da polícia? Marcinho VP - Pode ser que eu deixe o morro até a onda passar. Folha-Como virou traficante? Marcinho VP - Para mim não dá ganhar salário mínimo. Sou traficante por opção pessoal. (ST) Texto Anterior: Clipe rendeu R$ 5 mil a moradores da favela Próximo Texto: Abstenção na Unicamp supera 22% no 3º dia Índice |
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