São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996
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Dirigente do instituto quer dinheiro da União

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do IPC, Heráclito Fortes (PFL-PI), afirmou que, no caso de o instituto ser extinto, a indenização do parlamentar deve incluir também a parte em dinheiro com que a União contribuiu.
"O empregado, no caso, o parlamentar, recebe o que contribuiu e a parte do patrão, porque isso acontece em qualquer relação trabalhista", disse.
Fortes considera "uma loucura" a iniciativa de se propor o fim da aposentadoria parlamentar.
O deputado afirmou estar "consciente" de que, no momento em que for promovida uma ampla reforma da Previdência, "o IPC não pode ficar como está".
O deputado Gerson Peres (PPB-PA) disse que o parlamentar não pode ficar no "limbo".
"O que eu defendo é que a extinção do IPC não pode ser feita por uma deliberação de líderes. Se as centrais sindicais consultam os seus liderados para tomar posição, por que os líderes não consultam suas bancadas?", perguntou.
Peres diz que o IPC deve ser substituído por uma aposentadoria que se enquadre aos princípios gerais da reforma.
"Os magistrados têm uma aposentadoria. Por que não se faz a mesma coisa para os deputados? Nós, que somos eleitos pelo povo, passamos uma vida, como no meu caso, e, no final, eu vou para casa chupar o dedo? Não pode."

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