São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996
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Novo teste mostra a progressão da Aids

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um teste que mede algumas partículas do HIV no sangue pode ajudar médicos a avaliar o progresso da Aids e a eficácia das drogas contra a doença, diz estudo publicado na revista "New England Journal of Medicine".
Segundo os pesquisadores do Centro Médico dos Veteranos de Los Angeles (EUA), o novo teste permite reduzir o tempo necessário para avaliar se drogas contra Aids estão agindo no organismo.
Os pesquisadores mediram a quantidade de uma partícula chamada RNA do HIV em 270 voluntários. Segundo eles, foi possível avaliar a eficácia de drogas como o AZT contra a doença.
O teste permitiu aos cientistas confirmar que o AZT pode retardar a progressão da doença quando ela ainda está num estágio considerado intermediário.
"Ninguém ainda tinha demonstrado isso", disse O'Brien, que também é professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Segundo os cientistas, o único método que avaliava a progressão da Aids se baseava na contagem de um tipo de células do sistema de defesa conhecidas como CD4.
Mas, segundo o estudo, o método era impreciso, porque não permitia dizer em que estágio da doença estava o paciente.
Segundo William O'Brien, um dos autores do estudo, o novo teste permite saber quando o vírus da Aids passou dos nódulos linfáticos, onde se abriga inicialmente, para o sangue.
Segundo ele, o teste permite determinar qual das seis drogas disponíveis no mercado -ou uma combinação delas- poderia ajudar melhor cada paciente.
Embora os cientistas tenham usado uma combinação de medidas -dos níveis das partículas de HIV e de células CD4- afirmam que as partículas provaram ser os melhores marcadores para a progressão da doença.
"Esperamos que a técnica se torne padrão em pouco tempo", disse O'Brien.
Iogurte
Uma bactéria presente no iogurte, o lactobacilo, pode ajudar a proteger contra a Aids, segundo pesquisadores da Universidade de Pittsburgh (EUA).
Os pesquisadores disseram que a bactéria, que ajuda a eliminar infecções naturais da vagina, pode ser usada na confecção de um creme que poderia ser aplicado antes das relações sexuais.
"Os testes com 900 adolescentes dos EUA devem começar em um mês", disse Sharon Hillier, pesquisadora da universidade.
Segundo ela, as bactérias produzem água oxigenada (peróxido de hidrogênio) -bactericida- e ácido lático, substâncias que conseguem eliminar infecções.

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