São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996 |
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Igreja abriga ricos e favelados
SERGIO TORRES
A previsão do comitê montado às pressas para providenciar socorro aos desabrigados era de que dormiriam na igreja cerca de 150 pessoas, a maior parte delas moradoras das favelas que cresceram nas encostas do vale do Itanhangá. Os sacos de feijão, arroz, macarrão, leite e latas de óleo foram encaminhados a uma cozinha improvisada na vizinha Escola Municipal Lopes Trovão. À tarde, estava sendo esperada a chegada de colchonetes e cobertores para os desabrigados. As famílias que perderam as casas ou tiveram que deixá-las por causa do perigo de novos desabamentos estão sendo cadastradas pela Defesa Civil. Até moradores dos condomínios luxuosos do Itanhangá recorreram à igreja na madrugada, em seguida ao desabamento. Havia o risco de que as casas pudessem ser atingidas por avalanches como a que destruiu a favela Sítio Pai João. O socorro aos flagelados mobilizou pobres e ricos do Itanhangá. Moradora do condomínio Estrela Dalva, a professora Elisabete Areias passou o dia empenhada em conseguir alimentos para os abrigados na igreja. Moradoras da vizinha comunidade da Tijuquinha levaram para a igreja centenas de sanduíches de salsicha, galinha e ovo. Também foram distribuídas fatias de bolos de fubá. (ST) Texto Anterior: Encosta desaba e soterra 19 pessoas em favela Próximo Texto: Pintor perde oito parentes Índice |
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