São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996 |
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Vagas em metalúrgica atraem 1.500 em 1 dia Perda de direitos não é levada em conta SUZANA BARELLI
Poucos sabiam da convenção coletiva assinada anteontem entre os sindicatos de trabalhadores e patronal; porém, das mais diversas formas, souberam que a metalúrgica contrataria 85 pessoas e foram à empresa tentar a sorte. "A situação está difícil. Não tenho emprego há dois anos e, se a empresa quer contratar, não importa esse tal de acordo", disse João Batista dos Santos, 30, que chegou à porta da Aliança às 2h e, às 12h, soube que não seria aproveitado. Carlos Alberto Pinto, 25, chegou a empresa às 7h. Às 11h30, já tinha roído todas as unhas. "Estou desempregado há mais de um ano e minha mulher espera um filho para maio. Preciso arranjar alguma coisa." Para ele, pouco importa a inconstitucionalidade do acordo. "Um ministro já disse na televisão: é melhor uma goteira pingando do que uma seca." Apesar de o contrato não prever assinatura de carteira de trabalho, foi esse o documento exigido pela empresa na seleção. Maria Goreti dos Ramos, responsável pela seleção, disse que a Aliança pegou 850 carteiras até às 10h e selecionou 108 pessoas. A fila de candidatos começou a se formar às 22 horas de anteontem. Próximo Texto: Depois do Carnaval; Vez do tertius; Mantendo um pé; Em casa; No inverno; Voltagem real; Recurso insuficiente; No vizinho; Mais demissões; Fiesta na rua; Proposta hispânica; Há monopólio; Outros valores; Causas externas; Projeção no papel; Papel brasileiro; Ritmos diferentes; Fora dos pregões Índice |
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