São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996
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Irregularidades somam R$ 500 mi

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As operações irregulares que teriam sido cometidas pelo Banco Econômico podem envolver até R$ 500 milhões. Hoje, o Banco Central encaminhará ao Ministério Público mais uma denúncia-crime responsabilizando o Econômico, empresas coligadas e um importante banco estatal do Nordeste.
O valor desta última operação, se confirmada, pode chegar a R$ 20 milhões.
Aos documentos que já estão no Ministério Público -com supostas irregularidades no valor de R$ 470 milhões-, o BC deve juntar mais 20 novas irregularidades que teriam sido cometidas no banco.
Na semana passada, o BC já tinha encaminhado ao Ministério Público outras 125 denúncias-crime.
A maioria dos atos bancários suspeitos envolve operações de empréstimo e evasão de divisas por meio de empresas coligadas e clientes, o que é passível de punição com base na Lei do Colarinho Branco.
O primeiro contrato realizado pelo Econômico com uma empresa coligada, a Nova Aliança S/A, foi assinado em 1984 -autorizava um repasse de recursos externos no valor de US$ 189,3 mil. O banco detém 98,99% da Nova Aliança.
Os detalhes da operações estão relacionados no documento enviado pelo BC ao Ministério Público na semana passada. O acionista majoritário do banco, Ângelo Calmon de Sá, não assina nenhum dos contratos.
Funcionários subalternos autorizavam as operações até ser decretada a intervenção, em agosto do ano passado. O irmão de Calmon de Sá, Francisco Sá Júnior, também é suspeito de participar dessas operações.

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