São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996
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Número de mortos sobe e chega a 65

DA SUCURSAL DO RIO

Com os 15 corpos resgatados pelo Corpo de Bombeiros ontem no Rio, chegou a 65 o número de pessoas mortas em consequência da chuva que castigou o Estado na terça e quarta-feira. Ontem não choveu durante todo o dia.
Na capital, o total de mortos chega a 55. Não houve novas vítimas no interior. Desde terça-feira, morreram dez pessoas fora da capital.
As autoridades reviram ontem o número de mortos no Vidigal, zona sul do Rio. Segundo o Corpo de Bombeiros, que desde ontem centraliza as informações, foram oito. Anteontem, a Defesa Civil Estadual informava 12.
Na região de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, a que mais sofreu com as chuvas, desde terça-feira morreram 41 pessoas. No Itanhangá, foram 17; na Cidade de Deus, 11; no Pau da Fome, quatro; na Taquara, 3; e, no resto do bairro, 6, segundo os bombeiros.
Há cerca de 3.000 desabrigados no município do Rio e pelo menos outros três mil no interior do Estado. Em Jacarepaguá (zona oeste), um dos bairros mais atingidos, desabrigados invadiram o Condomínio Morada das Andorinhas, construídos para tenentes do Exército e ainda não ocupado.
No meio da tarde, policiais conseguiram retirar as famílias. Houve saques nos supermercados Três Poderes e Market Center. Pessoas que tiveram as casas destruídas pela chuva entraram nos supermercados e levaram comida.
Algumas lojas fecharam as portas por causa da lama acumulada e pelo medo de novos saques. No Largo do Anil, os moradores estão limpando as ruas com pás. Um comerciante alugou uma escavadeira por R$ 60 por hora para retirar os entulhos.
Há três dias, desde que começou o temporal, os moradores não conseguem sair para trabalhar.

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