São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aruba investe quatro vezes mais

HELCIO ZOLINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Aruba, pequena ilha próxima à costa da Venezuela, investiu no ano passado US$ 10 milhões na promoção do seu turismo, quatro vezes mais do que o Brasil.
A Embratur espera investir neste ano R$ 7 milhões -menos da metade do total investido pelos argentinos, que destina anualmente US$ 15 milhões para a publicidade e o marketing turísticos.
Apesar da distância com que investem esses dois mercados vizinhos, a quantia anunciada pela Embratur é mais do que o dobro dos míseros R$ 2,5 milhões aplicados no setor ano passado.
Crédito
As linhas de financiamento colocadas à disposição da indústria do turismo neste ano também podem movimentar um volume recorde de dinheiro.
Só o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) diz ter destinado R$ 1 bilhão para atender aos interessados em financiar projetos turísticos -34 projetos já estão sendo analisados pela instituição, num valor de R$ 48,7 milhões.
Na Embratur os projetos registrados somam US$ 3,5 bilhões. Até 98, os investimentos em parques temáticos são estimados em R$ 1,2 bilhão, segundo o presidente da Embratur, Caio Luiz de Carvalho.
Ele disse que esse investimento foi possível graças aos incentivos às importações de equipamentos destinados aos parques.
Outros US$ 800 milhões estão sendo investidos num programa de desenvolvimento turístico do Nordeste (Prodetur), com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e contrapartida nacional.
O setor conta ainda com créditos do Fungetur (Fundo Geral de Turismo), que, segundo o governo, deve permitir investimentos de até R$ 50 milhões.
Navegação
Além das promessas de investimento em dinheiro, o presidente da Embratur comemora outra decisão que, na sua opinião, vai ajudar muito o desenvolvimento do turismo no país: a quebra de monopólio da navegação de cabotagem (entre portos brasileiros).
A medida, aprovada ano passado no Congresso, está em fase de regulamentação. A quebra do monopólio pôs fim à reserva de mercado para a exploração da costa brasileira por apenas navios nacionais de passageiros.
Outra medida que não envolve dinheiro, mas foi considerada essencial para o desenvolvimento do turismo, foi a dilatação de três meses para até cinco do prazo de concessão de vistos.
(HZ)

Texto Anterior: Turismo é "capenga", afirma Embratur
Próximo Texto: Indústria de turismo gera US$ 3,4 trilhões no mundo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.