São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996 |
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Nunca é tarde para mudar de profissão Cresce a procura pelos serviços de reorientação de carreira CARLA ARANHA SCHTRUK
A consequência imediata é que os serviços de reorientação de carreira ou orientação profissional estão em alta. "Profissionais têm recorrido bem mais a nós", diz Rosa Bernhoeft, 52, da Alba e Bernhoeft Consultores Associados. "Quem está desempregado acorda para a possibilidade de fazer outra coisa na vida. É o momento de as pessoas pensarem sobre suas escolhas", avalia Silvio Bock, 43, da consultoria Nace. Os serviços de reorientação de carreira e orientação vocacional, que podem ser feitos por consultores e psicólogos, analisam o histórico profissional e pessoal do cliente, além de suas motivações. Durante o trabalho, os especialistas analisam se o cliente tem dúvidas quanto à escolha profissional e à carreira ou se está insatisfeito com a empresa onde trabalha. "É comum haver essa confusão. A pessoa fica tão cheia do emprego que pode achar que escolheu a profissão errada", afirma Luiz Carnier, 45, professor de planejamento estratégico da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. A insatisfação com a profissão pode ser detectada por alguns sintomas (veja quadro). "Nosso trabalho é ajudar o cliente a analisá-los", diz Regina Nascimento, 48, psicóloga da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Na Colméia, a maioria dos profissionais que recorreu à reorientação profissional acabou não mudando de carreira, mas de área. É o caso do holandês Richard Reinderhoff, 29. Formado em administração de empresas na Holanda, trabalhava em banco, com empréstimos. "Eu queria ter contato com pessoas, não com dinheiro." Conseguiu. Atualmente é consultor de empresas em São Paulo. Para outros, no entanto, a guinada é total. Waldeny da Cunha, 45, passou da contabilidade à confecção de molduras, como funcionário de um ateliê. "Hoje estou muito satisfeito", garante. Próximo Texto: CANDIDATO A TRAINEE DEVE SER MAIS OBJETIVO E SUCINTO Índice |
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