São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996 |
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Eletropaulo põe à venda prédio na marginal
MAURO TEIXEIRA
A empresa realizou terça-feira uma audiência pública para explicar detalhes da venda do prédio. A audiência é uma exigência legal e deve ser realizada antes do lançamento do edital, previsto para o próximo dia 6. O prédio teve sua construção iniciada em 1991, no governo Fleury. Em 1994, as obras foram paralisadas depois de consumir R$ 195 milhões, o dobro do orçamento previsto para que ficasse pronta. Técnicos do governo Covas estimam que, para finalizar o prédio, seriam necessários R$ 60 milhões, dinheiro que o governo não tem. A estrutura inclui um bloco de 23 andares, dois subsolos e dois anexos. São 150 mil m2 construídos num terreno de 57 mil m2. Segundo o assistente-executivo da presidência da Eletropaulo, Carlos Cawall Ferreira, 34, o valor do edifício somente vai ser definido após a entrega de avaliações que serão feitas por duas empresas de consultoria imobiliária. Avaliações de especialistas ouvidos pela Folha estimam entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões o valor da estrutura. Porém, nenhum deles acredita na venda por esse valor (leia texto ao lado). O próprio governo estadual calcula que o mercado não pagará mais de R$ 50 milhões pelo prédio. Ferreira acha que o prédio pode ter vários tipos de uso. "Pode ser prédio de escritórios, hotel, hospital ou tudo isso junto", explica. Não é o que pensa Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, da empresa de consultoria Adviser. Para ele, o prédio "tem características que o tornam um 'animal' único no mercado". "O projeto previa sua ocupação apenas pela Eletropaulo. Hoje, é impossível vendê-lo para uma só empresa", afirma. A Eletropaulo espera efetivar a venda até junho. Após o lançamento do edital de venda, os interessados terão 90 dias para entregar suas propostas. O preço mínimo será divulgado em 45 dias. Texto Anterior: Autor foi mestre do 'barroco moderno' Próximo Texto: Mercado deve sofrer impacto Índice |
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