São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Casa Branca teme ascensão de Alexander
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A marca registrada visual de sua campanha são camisas de flanela xadrez em vermelho e preto, que ele usa para realçar a pretensa condição de homem comum e desvinculado do sistema político. Nada mais falso. Alexander foi assessor parlamentar do senador Howard Baker (1967-1968), responsável pelos contatos da Casa Branca com o Congresso no governo Nixon, governador do Tennessee (1979-1987), reitor da Universidade do Tennessee (1989-1991) e secretário da Educação no governo Bush. Ficou milionário durante o mandato de governador e é suspeito de ter ajudado a própria mulher e amigos a enriquecerem no mandato de reitor. Apesar das contradições entre sua carreira e o atual discurso de "outsider" e da origem nebulosa de sua fortuna, a Casa Branca tem boas razões para se apavorar com a ascensão de Alexander. Ele tem vantagens sobre o atual presidente: é melhor orador, autodisciplinado, não-dispersivo, muito superior como músico (piano e trombone) e dono de um senso de humor refinado. Como Clinton, foi governador de um Estado do sul nos anos 80, com fama de eficiente. Sua grande realização foi a reforma educacional baseada em faixas salariais por mérito para os professores. Como candidato, propõe descentralizar o governo federal, extinguir o Departamento de Educação que já dirigiu, reduzir o funcionamento do Congresso e os salários dos parlamentares. Advogado, presbiteriano, casado, quatro filhos, Alexander é visto como moderado em questões sociais e culturais. (CELS) Texto Anterior: Primária revelou anônimos Próximo Texto: IRA assume bomba desfeita em Londres; Deng saúda chineses por ano novo lunar; OMS investiga surto de Ébola no Gabão; Espanha recusa extraditar ex-nazista; Morre na França o escritor Hervé Bazin; Terremoto mata 7 e fere 18 na Indonésia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |