São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996
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Furtos no centro já eram comuns

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1921, as ruas do centro de São Paulo já conviviam com furtos e roubos, embora os ladrões usassem bem menos violência do que hoje. A notícia policial do nº 1 contava a história de Pedro Ferrari, preso por furtar um pacote de botões e quatro fechaduras.
"O patife do Pedro Ferrari ia pela rua Florêncio de Abreu a pensar como havia de arranjar uns cobres. Foi defronte do prédio número 158-B, onde está instalada a loja de fazendas Casa Ranieri, de modo que não houve dificuldade de escolher a vítima."
"Quando caiu na rua com o pacote de botões, um dos empregados saiu-lhe no encalço e fê-lo prender por um guarda-civil."
"Quando o policial passava revista aos bolsos do larápio à procura de armas, encontrou quatro fechaduras finas, cuja procedência Pedro Ferrari não soube explicar."
Uma pesquisa realizada na semana passada junto ao 1º DP mostra que os furtos ainda são as ocorrências policiais mais comuns na rua Florêncio de Abreu. De sete ocorrências registradas em dez dias, cinco eram furtos.
O último registro aconteceu no dia 6. O segurança José Alberto Macedo de Souto, 24, teve sua Caravan bege, ano 79, furtada.
Ele disse na delegacia que tinha deixado o carro na rua porque estava com a bomba d'água quebrada e com dois pneus furados.

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