São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Supremo trabalha na Quarta-Feira de Cinzas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sete dos onze ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e os funcionários do tribunal trabalharam ontem normalmente, a partir do meio-dia, cumprindo decisão inédita de Sepúlveda Pertence, presidente do Supremo.
Foi a primeira vez que o STF trabalhou em uma Quarta-Feira de Cinzas. Também rompendo a tradição do STF, Pertence convocou sessão plenária extraordinária para hoje e, para amanhã, reunião das turmas (dois grupos menores de ministros, que julgam processos que não precisam ir a plenário).
Os ministros gostaram da decisão. Eles reclamam do acúmulo de processos e afirmam ser obrigados a trabalhar em casa nos feriados e fins-de-semana.
"Nunca dá para colocar em dia o trabalho. Passei o Carnaval analisando habeas corpus, um processo de extradição e outras matérias, e essas decisões estão sendo materializadas hoje", afirmou o ministro Celso de Mello.
Outro que passou os quatro dias de Carnaval preparando votos foi Carlos Velloso, também presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"A gente deixa para decidir nos feriados sobre os processos mais complicados, que exigem mais estudo e análise mais profunda", disse Velloso.
O ministro disse que também encontrou tempo para o lazer. "Não abro mão de jogar tênis. Nesse feriado, até ganhei um torneio na casa de um amigo", disse.
Além dos dois, trabalharam ontem os ministros Sepúlveda Pertence, Moreira Alves, Marco Aurélio, Ilmar Galvão e Maurício Corrêa.
Os ministros Nery da Silveira, Francisco Rezek, Octávio Gallotti e Sydney Sanches voltariam ontem de viagem para participar da sessão de hoje.

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