São Paulo, sexta-feira, 23 de fevereiro de 1996
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Jogo duplo; Proposta afobada; Missão difícil; Na surdina; Demarcação de limites; Uma briga por vez; Acordando tarde; Finalmente; Dupla militância; De bem com a fama; Jeitinho federal; Cansado de apanhar; Limpando a área; Mudança de conveniência; Choro e educação; Falta de tato; Cara nova

DE BEM COM A FAMA

Jogo duplo
Sentindo-se traído pelo governo, Paulinho, da Força Sindical, telefonou para FHC reclamando da crítica de Maciel ao acordo da Fiesp e metalúrgicos para contratar sem carteira assinada. FHC mandou ele falar com Paulo Paiva.

Proposta afobada
O Planalto avalia que Paulinho foi inábil e precipitado ao propor a contratação sem carteira assinada. Para tirar os holofotes de Vicentinho na reforma da Previdência, o sindicalista não costurou apoio político suficiente ao projeto.

Missão difícil
Na segunda, Paulinho encontra Covas e o líder do governo na Assembléia, Walter Feldman. Tentará ter o governador como aliado na proposta de contrato sem carteira. Auxiliares diretos de Covas avaliam que o esforço será inútil.

Na surdina
Em viagem sigilosa, o ministro Paulo Paiva (Trabalho) passou os últimos dois dias em São Paulo. Sua missão é articular de outra forma o acordo da Fiesp e dos metalúrgicos de São Paulo para contrato sem carteira assinada.

Demarcação de limites
FHC absorveu as críticas de Sarney às declarações que fez no México sobre os grupos de interesse nos partidos políticos. Avalia que ele cumpriu seu papel de presidente do Congresso, mas acha que foi mal-interpretado.

Uma briga por vez
O PSDB já admite deixar para o final de março a instalação da comissão que vai analisar a emenda da reeleição. José Aníbal (SP), líder na Câmara, prefere resolver logo a reforma da Previdência e não misturar os assuntos.

Acordando tarde
Na viagem ao Rio Grande do Sul, FHC anuncia um projeto para a recuperação da cultura do trigo: um plano de zoneamento e cerca de R$ 300 milhões de investimentos. Objetivo é produzir três milhões de toneladas já em 96.

Finalmente
Eunice Paiva recebe hoje a certidão de óbito de seu marido Rubens Paiva, desaparecido no regime militar, há 25 anos. Ontem, pela primeira vez, ela preencheu um formulário como viúva.

Dupla militância
José Eduardo Vieira (Agricultura) concorre à presidência do PTB, na convenção marcada para os dias 12 e 13 de março. Uma mudança no estatuto do partido permitirá que o ministro, se eleito, acumule os dois cargos.

Ruth Cardoso ficou lisonjeada com reportagem do jornal mexicano "Reforma", na qual é tratada de "Divina Dama". Mas não gostou de ver Araraquara, onde nasceu, ser chamada de provinciana.

Jeitinho federal
Avaliação na Esplanada dos Ministérios sobre três representantes do governo nas reformas: "O que o Reinhold Stephanes e o Bresser Pereira têm de cintura dura, o Paulo Paiva tem de jeitoso".

Cansado de apanhar
O ministro Reinhold Stephanes diz que a crítica de ter cintura dura ocorre porque ele resistiu aos privilégios na reforma da Previdência. Ele recebeu 106 parlamentares em janeiro para tratar do tema.

Limpando a área
O presidente do TST, José Ajuricaba, deve suspender hoje o leilão da sede do Sindicato dos Petroleiros de Sergipe, apesar de considerar mal-feito o recurso da categoria. Vai dar tempo para o Congresso achar uma solução.

Mudança de conveniência
Cresce no partido de FHC a tese de anistiar os petroleiros pela greve de 95, cancelando leilão de sedes sindicais para pagar multa. "O governo não quer ser torniquete do movimento sindical", diz o líder do PSDB, José Aníbal.

Choro e educação
O ministro Paulo Renato discute amanhã em Santos (SP) com a Frente Nacional de Prefeitos a municipalização da Educação. A reunião servirá ainda para a última choradeira sobre a reeleição.

Falta de tato
Na cúpula do PT, dizem que "está faltando Tatto a Mercadante". Também disputando a candidatura à Prefeitura de São Paulo, Erundina roubou de Mercadante o apoio de Gilmar e Arselino Tatto, dirigente e vereador petistas.

Cara nova
O porta-voz Sérgio Amaral divulga na próxima semana a logomarca das campanhas do Brasil no exterior. A Justus & Fischer é a empresa autora da marca.

TIROTEIO
- Não sou legalista. A CUT várias vezes enfrentou a lei, mas nunca para diminuir o direito dos trabalhadores. Não quero saber se é ilegal. Para mim, é imoral, porque só tira conquistas históricas.

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