São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996
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SP tem 1,8 milhão de armas de fogo

MARCELO GODOY E CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os paulistas têm cerca de 1,8 milhão de armas de fogo. A estimativa é da DPC (Divisão de Produtos Controlados da Polícia Civil), que controla o porte e o registro dessas armas no Estado.
Só no ano passado, foram apreendidas 21.961 armas ilegais ou irregulares em São Paulo-18.062 pela Polícia Militar e 3.899 pela Polícia Civil.
A DPC só saberá o número exato de armas legais no Estado em junho, quando terminará o recasdastramento das armas iniciado em julho passado. "Esse é o primeiro recadastramento em 60 anos", disse o diretor da DPC, delegado Pedro Herbela, 56.
Com o recadastramento, os registros e portes de armas serão armazenados em computadores. Ontem, na cidade de São Paulo, existiam cerca de 8.000 pessoas autorizadas a portar armas nas ruas e no trabalho.
No ano passado, a polícia restringiu o acesso ao porte (autorização para andar armado), a partir de março, e forneceu 10.152 autorizações na Grande São Paulo.
Em 94, esse número havia ficado em 66.870 -o porte deve ser renovado todo ano.
No primeiro mês de restrição foram concedidas 647 licenças para andar armado e 1.244 pedidos foram indeferidos. A polícia não dispõe de informações sobre o número de portes de armas concedidos no interior do Estado.
Segundo o delegado, um dos reflexos da restrição do porte foi a redução do número de armas vendidas no ano passado. Em 95, os paulistanos compraram 31.781 revólveres, pistolas e espingardas em São Paulo.
Um ano antes, haviam sido vendidas 42.090 armas de fogo na cidade. Desde março de 1995, cerca de 2.500 novas armas são registradas por mês na Divisão de Produtos Controlados -83,3 por dias.
Para comprar uma arma é necessário a apresentação de carteira de identidade. O lojista deve se encarregar de registrá-la na DPC, que pesquisa se o comprador tem antecedentes criminais, o que impediria a venda.
As armas que estão sendo transportadas irregularmente na cidade de São Paulo são apreendidas e mandadas para a DPC.
Em seus depósitos, existiam ontem de 3.500 a 4.000 armas. "Amaioria delas será entregue ao Exército, que é o encarregado da destruição desse material", afirmou o delegado.(Marcelo Godoy e Crispim Alves)

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