São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996 |
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Aumentam áreas de risco no Rio
CLÁUDIA MATTOS
Eles sobrevoaram ontem as áreas mais atingidas pelas chuvas que castigaram o Rio há dez dias. O valor do prejuízo e dos gastos para limpeza e recuperação das áreas será divulgado hoje. O IPT e a Geo-Rio assinaram, há sete meses, um convênio de cooperação mútua e já atuaram em conjunto no Rio e em São Paulo. Milton Campanário, 46, superintendente do IPT, afirmou que, como as chuvas foram muito violentas, o mapeamento anterior das áreas de risco não é mais válido. "As chuvas mudaram os parâmetros técnicos. Áreas que antes não eram consideradas de risco agora são", disse. Campanário acrescentou que os deslizamentos de terra nos morros, mesmo naqueles não-habitados, criam novas áreas de risco. A Geo-Rio afirmou que só terá o novo mapeamento dentro de um mês, mas quem quiser saber se sua casa está em área de risco é só contactar o órgão para vistoria. O governador Marcello Alencar disse que esperará a decisão dos municípios do Rio para decretar estado de calamidade pública. Até agora, a única cidade que tomou tal decisão foi Itaguaí. Leptospirose A maior preocupação da Secretaria Municipal da Saúde, agora, é evitar o surgimento de uma epidemia de leptospirose, doença transmitida pela urina do rato que ataca os rins e pulmões. Segundo a secretaria, três casos já foram registrados na cidade desde o início das chuvas. Os casos foram no Irajá, Honório Gurgel (zona norte) e no Anil (zona oeste). Para evitar a epidemia, a secretaria pediu reforço ao Exército. Dois médicos e 17 soldados estão ajudando a distribuir 100 mil folhetos preventivos contra a doença e 2.500 frascos de água sanitária para higienizar a água nas áreas mais atingidas pela chuva. Texto Anterior: Restaurantes voltam a aceitar os fumantes Próximo Texto: Protesto contra enchente pára avenida em São Paulo Índice |
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