São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996
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Emprego na indústria cai 26% entre 89 e 95, diz IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

O contingente de empregados do setor industrial brasileiro registrou redução de 26% no período entre 1989 e 1995. O número consta de pesquisa divulgada ontem pelo IBGE.
No ano passado, a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que o número de empregados na indústria foi reduzido em 1,8%.
O resultado, segundo o IBGE, foi decorrente de quedas nas quatro maiores regiões onde é feita a pesquisa, com maior intensidade em Minas Gerais, onde o emprego industrial encolheu 3,5% em 95.
Na região Sul, a retração foi de 3%. No Rio houve queda de 2%; em São Paulo, de 1,2%.
Apenas na região Nordeste o IBGE constatou crescimento do nível de emprego industrial, com 0,8%. Esse desempenho decorreu de crescimento nos setores de matérias plásticas (16,8%), alimentação (14,8%), material elétrico e de comunicação (12,9%), bebidas (9,4%) e fumo (9,6%).
O IBGE constatou que em dezembro foi registrada a pior taxa de redução do emprego industrial de 95, com 9,2% em relação a dezembro de 94. Em comparação com novembro, a queda foi de 1,9%.
A pesquisa do IBGE mostrou ainda que a partir de maio o emprego industrial no Brasil apresentou tendência de queda, não revertida até o final do ano. Isso fez com que a taxa de dezembro acumulasse uma queda de 10,4% em relação ao desempenho de abril.
O IBGE constatou que os setores que mais demitiram em 95 foram vestuário (11,9%), indústria extrativa mineral (7,9%) e indústria de borracha (5,4%).
Ao contrário do nível de emprego, a massa salarial paga pela indústria cresceu em 95, fechando o ano em 6,5%, apesar de em dezembro ter registrado queda de 2% em relação ao mês anterior.
No confronto com dezembro de 94, houve, no último mês do ano passado, um crescimento de 1% na massa salarial, que corresponde ao conjunto dos salários pagos pelo setor.

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