São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
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Cruzadinho quis salvar o primeiro

DA REDAÇÃO

O Cruzado 2, ou Cruzadinho, de novembro de 86, não foi propriamente um plano. Foi mais uma tentativa de salvar o original, que dava sinais de esgotamento.
Com o diagnóstico de que havia excesso de demanda (consumo exacerbado), surgindo daí novas pressões inflacionárias, o governo decidiu elevar as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de diversos produtos. A alíquota da cerveja, por exemplo, passou de 80% para 230%.
Foram tomadas outras medidas nas áreas de Imposto de Renda, poupança e indexação.
Em julho, já haviam sido criados compulsórios sobre combustíveis e carros, mas, segundo o então ministro da Fazenda, Dilson Funaro, o consumo continuou crescendo num ritmo de 10% nos meses seguintes. Daí a adoção de novas medidas "até mais fortes", segundo o ministro.
O forte aumento do IPI acabou por jogar mais lenha na inflação que voltava.

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