São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Uma resposta aos desafios do desempregado e da habitação

MARCOS TRAVASSOS HELOU

O SIM é uma positiva realidade na geração de empregos e novas habitações para SP
MARCOS HELOU
A economia brasileira experimenta um processo de estabilização, com inflação e moeda forte, mas alguns velhos fantasmas do passado ainda insistem em atemorizar a sociedade.
Entre esses, as questões do desemprego e da habitação têm se destacado.
Em nível nacional, surgem soluções para os problemas da indústria automobilística que, com a criação do carro popular, por exemplo, dobrou, em menos de cinco anos, a produção nacional de veículos, graças aos incentivos e aos benefícios que baratearam o custo e mantiveram exigências de qualidade.
Hoje, debatem-se as taxas de juros, o saneamento dos bancos e a previdência pública.
Entretanto, o desemprego e a habitação são temas que continuam relegados a um segundo plano nessas discussões.
Numa cidade cosmopolita como São Paulo, para onde migram milhares de pessoas a cada ano, o déficit habitacional se constitui numa crescente dívida social a ser resgatada, ou, pelo menos, amortizada.
A Fipe, respeitada fundação ligada à Universidade de São Paulo, em pesquisa divulgada no final do ano passado, apontava, com segurança, que a carência habitacional na cidade de São Paulo era de 1,5 milhão de moradias.
Sensível aos problemas do desemprego e da habitação, a administração do prefeito Paulo Maluf buscou alternativas à escassez de recursos federais e estaduais.
O já famoso "Projeto Cingapura", por exemplo, é hoje um inegável sucesso, gerando empregos na sua construção e cidadania na sua ocupação.
Agora, fruto do empenho público no combate ao desemprego e ao déficit habitacional em São Paulo, a administração municipal, após ter reformulado sua política administrativa, combatendo a inadimplência e moralizando a comercialização, passos fundamentais para atrair o capital privado, lança um inovador projeto: o SIM - Sistema Imobiliário Municipal.
O SIM é, a rigor, como significa a própria expressão, uma positiva realidade na geração de novos postos de trabalho e novas unidades habitacionais para a cidade de São Paulo.
A iniciativa privada nos últimos três anos, através do autofinanciamento, construiu, só em São Paulo, mais de 29 mil unidades habitacionais para a população de renda média, em planos como o "100", "Melhor" e "Fácil".
O segmento dos trabalhadores com renda de 6 a 12 salários mínimos representa três vezes esse mercado, o que nos permite acreditar que mais de 100 mil novas habitações serão construídas nos próximos cinco anos, só por intermédio desse sistema.
E vale ressaltar mais uma vez: a custo zero para a prefeitura paulistana e a preço acessível à população atendida.
Quando o poder público e a iniciativa privada se unem, sem radicalismo, os resultados podem, como no caso do SIM, ser a melhor resposta a problemas graves como desemprego e habitação.

Texto Anterior: Otis faz concurso para alunos de arquitetura
Próximo Texto: CARTAS
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.