São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
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Cursos dão dicas para a fabricação de ovos

Em poucas horas, dá para aprender manusear chocolate

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Já é hora de se preparar para ganhar dinheiro na Páscoa. Para fabricar ovos e bombons de chocolate, é preciso ter apenas algumas horas vagas por dia e aproveitar a oportunidade para ganhar um dinheiro extra.
Na Região da Grande São Paulo há diversos cursos -desde os gratuitos, patrocinados pelas indústrias de chocolate, até alguns mais sofisticados (veja quadro ao lado).
A Chocolates Garoto, maior fabricante de chocolate para cobertura do país, está ampliando em 20% os seus cursos gratuitos. Em 95, foram realizados 700 cursos, que atenderam cerca de 40 mil pessoas.
Os cursos da Garoto são apresentados em supermercados e lojas especializadas em produtos voltados à fabricação de chocolates artesanais.
A Lacta também patrocina cursos gratuitos de fabricação de chocolates em duas unidades da Sathya Chocolates e Doces.
Elisa Camargo, 40, técnica que coordena as escolas de culinária da Lacta, diz que é "superfácil" aprender a confecção de chocolates artesanais.
Segundo ela, com uma aula de duas horas o aluno já pode começar a fabricação. "Mas é necessário fazer uma série de aperfeiçoamentos", aconselha.
Elisa diz que a matéria-prima e os utensílios necessários à produção podem ser encontrados nas duas unidades da Sathya ou em lojas especializadas no Centro de São Paulo e nos bairros Lapa e Pompéia.
Roberta Ranck, 22, começou a fabricar ovos e bombons artesanais em sua casa há pouco mais de quatro anos.
Ela diz que, geralmente, trabalha sob encomenda. Sua produção varia de 200 a 250 bombons por semana. Cada um ela vende por R$ 0,80 direto ao consumidor ou a R$ 0,60 para revendedores.
Roberta está otimista com a Páscoa deste ano. "Espero aumentar a produção em relação ao ano passado, que foi de cerca de\ 150 ovos", diz.
O faturamento mensal da artesã com a venda de bombons é de R$ 600, valor que aumenta durante a época de Páscoa.
A margem de lucro, segundo Roberta, é de 40%. "Dá para ganhar mais se a pessoa trabalhar com matéria-prima de qualidade inferior. Eu prefiro manter a qualidade e agradar meus clientes."
Ela conta que, para aprender a lidar com o chocolate, fez um curso durante uma tarde. Depois, passou a fazer experiências e a desenvolver seus produtos.
(NR)

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