São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996 |
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Troca-troca de profissionais atinge emissoras
ADRIANO CATOZZI
A Record foi a vilã da história, embora Eduardo Lafond, diretor de Programação e Operações da emissora, afirme que só tenha trazido nomes em fim de mandato, dentro das normas éticas. "Chega uma hora em que o profissional quer sair e não é mais interessante para a emissora segurá-lo. Fica mais fácil liberá-lo do que tê-lo falando mal dela por aí", diz. Ao montar sua equipe, a Record provocou estragos em três emissoras. Para o Campeonato Paulista, buscou o locutor Luiz Alfredo no SBT, os repórteres José Luiz Datena e Eli Coimbra e o comentarista Mário Sérgio na Bandeirantes. Na preparação para o Campeonato Carioca, a Record decidiu dar um sotaque local à transmissão e tirou o narrador Paulo Stein e o comentarista Márcio Guedes da Manchete. Para os jogos internacionais, manteve o locutor Carlos Valadares e o comentarista Sílvio Lancellotti. Na tentativa de recompor sua perda, o SBT tirou Silvio Luiz da Bandeirantes e, não satisfeita, a emissora acaba de buscar o narrador Nivaldo Prieto na ESPN Brasil. Ambos devem estrear em março. A Bandeirantes não pretende repor as baixas, já que continua com uma equipe grande, de 23 pessoas. "Tem gente que prefere valorizar os mais velhos", alfineta José Trajano, diretor de Jornalismo e Programação da TVA. "Nós preferimos revelar os jovens e temos buscado muita gente na imprensa escrita", diz. Segundo ele, os profissionais da ESPN foram muito assediados no início do ano por outras emissoras. "Inclusive por algumas redes só interessadas em quebrar as nossas asas", afirma. Trajano orgulha-se de ter nomes especializados em cada uma das transmissões internacionais. "Ao contrário do que fazem algumas TVs, que colocam no ar gente que não conhece nada e que só fala besteira", declara (AC) Texto Anterior: Record aumenta programação de esporte Próximo Texto: Redes driblam excesso de campeonatos Índice |
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