São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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Empresário diz ter "raiva de chinês"

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de brinquedos está sendo aniquilada pelas importações baratas vindas da China, diz Synésio da Costa, presidente da Abrinq (Associação Nacional dos Fabricantes de Brinquedos).
Segundo ele, o nível de emprego no setor caiu de 35 mil para 15 mil, de 89 a 95.
Synésio diz que a exploração da mão-de-obra é um problema do povo chinês. O governo brasileiro, porém, não pode fechar os olhos à essa concorrência desleal.
"Uma indústria que investiu US$ 500 milhões em qualidade e produtividade não pode aceitar competir com sucata da China".
Os fabricantes chineses, diz ele, não respeitam normas de segurança. "O brinquedo é mais barato, mas não dura e oferece riscos."
Em protesto, Synésio usa, na lapela do paletó, um emblema com os dizeres: "Tô com raiva de chinês, contrabandista, subfaturador e do custo Brasil".
(ACS)

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