São Paulo, terça-feira, 27 de fevereiro de 1996
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Acertando os ponteiros; Caminho inverso; Estabilidade em jogo; Conivência cassada; Utilidade dupla; Guerra à vista; Reflexões no campo; Insatisfação empresarial; Fechando os ralos; Repeteco agrário; Reta final; Casal 20; Testando motores; Fiéis da balança; Tempo de espera; Visita à Folha

Acertando os ponteiros
Relator da reforma administrativa, Moreira Franco (PMDB) definiu com o líder Luiz Carlos Santos (PMDB) a discussão da estabilidade dos servidores. Primeiro, costura-se um acordo de líderes. Depois, discute-se com centrais.

Caminho inverso
A estratégia dos peemedebistas Luiz Carlos Santos e Moreira Franco, líder e relator, é fazer com que a reforma administrativa seja objeto de consenso no Congresso. Não querem repetir uma confusão como a da Previdência.

Estabilidade em jogo
O líder Luiz Carlos Santos diz que não há futuro para o Real sem uma reforma administrativa rápida. Ele prevê o maior obstáculo na quebra da estabilidade. Sem a medida, diz, afundam o governo federal, Estados e municípios.

Conivência cassada
A próxima MP do Proer, para socorro aos bancos, vai responsabilizar diretamente auditores que assinarem balanços capengas. A MP vai exigir também que o BC informe mensalmente ao Senado o valor de empréstimos aos bancos.

Utilidade dupla
FHC aproveitou a visita de Fujimori para arrancar do peruano apoio à indicação do ministro do STF Francisco Rezek a uma vaga na Corte de Haia. De quebra, ainda arruma lugar para instalar o ministro Nelson Jobim (Justiça).

Guerra à vista
Os peemedebistas José Sarney, Paes de Andrade e Michel Temer dizem que cobrarão do PFL o cumprimento do acordo para rodízio na presidência da Câmara. "Um rompimento seria ruim para a base do governo", diz Paes.

Reflexões no campo
O governador de São Paulo, Mário Covas, convocará a Fiesp, a Federação do Comércio, as centrais sindicais e a Justiça do Trabalho para discutir medidas contra o desemprego em reunião em uma fazenda no interior, em março.

Insatisfação empresarial
Representantes do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais) vão hoje ao Congresso criticar a reforma da Previdência por julgar que não houve correção estrutural. Vão ainda engrossar o coro pela extinção do IPC.

Fechando os ralos
FHC decidiu se precaver de enganos como o veto ao projeto de esterilização. Os ministérios agora devem apresentar suas razões pró e contra na fase de tramitação do Congresso. Eduardo Graef, assessor parlamentar, centraliza tudo.

Repeteco agrário
A cultura do algodão vive situação parecida à do trigo. Em quatro anos, houve queda de 900 mil para 400 mil toneladas na produção nacional. Em São Paulo, a área plantada caiu 42%.

Reta final
FHC pediu ontem que Paulo Paiva (Trabalho) ache fórmula jurídica para viabilizar o acordo entre Fiesp e os metalúrgicos de São Paulo sobre contratação sem carteira assinada. Quer o ministro negociando solução de curto prazo.

Casal 20
Eduardo Suplicy (PT-SP) recebeu uma carta em que o autor pedia seu empenho para que 20% do Congresso seja de "homossexuais assumidos". Surpreso, atribuiu o fato ao trabalho de sua mulher, Marta, em defesa das minorias.

Testando motores
Maluf testa seu secretário de Habitação, Lair Krahenbuhl. Deu sinal verde para que ele corra atrás da candidatura a prefeito paulistano. Celso Pitta, secretário das Finanças, ainda tem preferência.

Fiéis da balança
O número de votantes na prévia do PT para a Prefeitura de São Paulo deve decidir o jogo. Mercadante sai na frente se votarem apenas os mais fiéis entre os 48 mil filiados na capital. Um quórum maior favorece Erundina.

Tempo de espera
O governador Covas não tem dúvida de que Sérgio Motta será candidato a prefeito de São Paulo. Mas aconselhou o ministro a ser mais discreto até a véspera da desincompatibilização, em junho.

Visita à Folha
O presidente do Sindicato do Açúcar do Estado de São Paulo, Werther Annichio, e o presidente do Sindicato do Álcool do Estado de São Paulo, Oscar Figueiredo, visitaram ontem a Folha, onde foram recebidos em almoço.
Estavam acompanhados de Anthony de Christo e José Cláudio Manesco, do Departamento de Assuntos Corporativos da Associação das Indústrias de Açúcar do Estado de São Paulo.

TIROTEIO
Do publicitário Chico Malfitani, que deve trabalhar para Francisco Rossi (PDT), sobre o argumento de Mercadante de que ele usaria conhecimentos da gestão de Erundina na prefeitura paulistana para prejudicar o PT na eleição:
- É uma baixaria usar isso para queimar a Erundina. Essas pessoas são as responsáveis, devido a uma visão autoritária, pelo fracasso do PT em várias eleições.

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