São Paulo, quinta-feira, 29 de fevereiro de 1996
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Comitiva britânica faz 'blitz' comercial em SP

DA REDAÇÃO E DA REPORTAGEM LOCAL

"Sei que estão na cidade representantes do Japão e o presidente do Peru. A concorrência é grande". A frase, dita ontem pelo ministro britânico do Comércio e Indústria em São Paulo, resumiu as intenções da comitiva liderada por ele que chegou para uma missão de oito dias no Brasil e Chile.
Anthony Nelson, 48, trouxe um grupo de sete empresários de renome no Reino Unido para lançar o programa "Link into Latin America" ("Elo com a América Latina"), que visa incrementar o comércio com a América Latina.
A idéia é usar o Brasil e o Reino Unido como pontes entre o Mercosul e a União Européia, disse Nelson. O comércio bilateral movimentou US$ 2,4 bilhões no ano passado -o Brasil vendeu mais: US$ 1,47 bilhão.
O setor energético, em fase de privatização no Brasil, é o principal atrativo para os investidores britânicos.
"É um mercado prioritário", disse Clive Palmer, diretor de exportação da GEC Alsthom, uma das líderes mundias do setor, com faturamento próximo de US$ 11 bilhões entre 94 e 95.
Ele faz parte da comitiva de Nelson, que ontem almoçou com empresários paulistanos e depois seguiu para Brasília.
Hoje, a comitiva deve se encontrar com o ministro Pedro Malan (Fazenda). Na sequência vai ao Rio. Na semana que vem, segue para o Chile.
Telecomunicação
O governo espera iniciar em junho próximo o programa de venda de concessões de telefonia celular e satélite às empresas privadas, disse ontem o principal executivo do Chase Manhattan Bank no Brasil, Patrick Morin.
O cronograma das licitações, segundo Morin, foi confirmado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso na segunda-feira, em reunião com o presidente do conselho consultivo do Chase em Nova York, David Rockefeller.
Os representantes do Chase -que tem interesses na privatização dos setores de telecomunicações, energia elétrica e petróleo- reuniram-se também com o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, e com Malan.

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