São Paulo, quinta-feira, 29 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Direitista ultrapassa Peres em pesquisa
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Uma pesquisa divulgada ontem pela TV Israel indicava a vitória do líder do partido Likud (direita), Binyamin Netanyahu, nas próximas eleições parlamentares, previstas para o dia 29 de maio.Segundo a pesquisa, 51% dos israelenses pretendem votar para Binyamin Netanyahu (pronuncia-se Biniamín Nataniáu). O premiê trabalhista Shimon Peres obteve 45% das intenções de voto. A TV divulgou que a pesquisa foi feita depois de dois atentados ocorridos no domingo, que deixaram 27 mortos e 85 feridos. As pesquisas anteriores aos ataques davam vantagem de cerca de 15 pontos percentuais para o premiê. Ontem, Netanyahu, que se opõe à forma como está sendo conduzido o processo de paz, disse que pretende continuar as negociações com a Autoridade Nacional Palestina, mas não quer se encontrar com seu presidente, Iasser Arafat. Em visita ao Egito, Arafat disse que o fechamento das regiões autônomas, medida tomada pelos israelenses por causa dos atentados, viola os acordos de paz. Ontem, o grupo radical palestino Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) reivindicou um terceiro atentado. O grupo disse que um americano de origem palestina que atropelou 23 israelenses, matou uma pessoa e foi assassinado era membro de seu braço militar. O americano estaria vingando a morte de Fathi Chqaqi, líder de outro grupo radical palestino, a Jihad (Guerra Santa) Islâmica. Segundo a polícia, Ahmed Abdel Hamideh tem ligação com a Jihad. "As unidades da Izz Din al Qassam (braço armado do Hamas), anunciam a morte do herói mártir Ahmed Abdel Hamideh, que foi morto por balas de soldados sionistas depois de jogar seu carro contra um grupo de soldados sionistas", dizia a declaração. Fathi Chqaqi foi morto em Malta (Mediterrâneo) em outubro do ano passado. Os militantes islâmicos acusam Israel pelo assassinato. Logo após o atropelamento, ocorrido na segunda-feira em Jerusalém, a polícia disse que se tratava provavelmente de um acidente. Por causa dos atentados, Shimon Peres exigiu anteontem que a Autoridade Nacional Palestina desarmasse os grupos radicais. Ontem, o governo palestino seguiu o pedido e ordenou que todos os moradores da faixa de Gaza e da Cisjordânia entreguem as armas não-licenciadas até amanhã. "A polícia palestina vai começar a organizar operações para tomar armas ilegais e colocar os violadores da lei em julgamento", dizia o comunicado da OLP. Líbano Para impedir uma série de manifestações sindicais, o Exército do Líbano decretou toque de recolher a partir das 3h de hoje (23h de ontem de Brasília), sem prazo para ser suspenso. Texto Anterior: Irlanda do Norte tem nova iniciativa de paz Próximo Texto: Gorbatchov admite ser candidato em junho Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |