São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Autoridades de SP trocam acusações

Moradores reclamam do 'blablablá'

DA REPORTAGEM LOCAL

A exemplo do que aconteceu após o dia 3 de janeiro deste ano, a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado voltaram a trocar acusações no caso das enchentes que atingem a capital paulista.
O secretário municipal de Vias Públicas, Reynaldo de Barros, multou o Metrô, mas não soube informar o valor da multa.
Segundo ele, uma das obras da empresa está causando enchentes no Brooklin (na zona sul).
"Passa para a prefeitura que ela faz", disse Barros, ironizando o fato de o Estado ter interrompido a obra em 93.
O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico, rebateu as críticas de Barros.
"Não ando por aí procurando culpados", disse Frederico, a quem o Metrô é subordinado. "As enchentes aconteciam antes de o Metrô iniciar a obra, em 86, e interrompê-la, em 93."
"A obra vai demorar uns nove meses", disse o secretário dos Transportes Metropolitanos.
As declarações de Reynaldo de Barros foram feitas na avenida Roque Petroni, perto de um dos locais que mais sofreram com as enchentes de segunda e terça-feira desta semana.
Um grupo de moradoras que assistiam à entrevista protestou contra Barros.
"Isso para nós é blablablá", disse Maria de Fátima Guimarães Moreira Maluf, que mora na rua Andrea Paulineti. "Desde o dia 3 de janeiro, foram 11 enchentes."
"Na minha casa, só tenho coisas na parte de cima", disse a moradora Dulce Pinheiro, residente na mesma rua.
Ontem, voltou a chover na parte da tarde em São Paulo.
Segundo a Eletropaulo, empresa que distribui energia elétrica na cidade, 35 mil consumidores ficaram sem luz durante aproximadamente uma hora.
Na avenida Doutor Arnaldo, na região central, a falta de energia "apagou" os semáforos. O trânsito ficou complicado.

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