São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Separações marcam história da família

DA "REUTER"

O recente acordo para o divórcio do príncipe Charles e da princesa Diana foi o último exemplo de um casamento terminado na família real britânica, que deve dar o modelo dos valores familiares e do bom comportamento no país.
Só um dos quatro filhos da rainha Elizabeth 2ª, Edward, não se separou -ele ainda não se casou.
Neste mesmo século, o divórcio fez um rei abdicar o trono e levou uma princesa ao desespero.
A princesa Anne, irmã de Charles, divorciou-se do capitão Mark Phillips, com quem foi casada por 16 anos, e se casou novamente.
Há três anos, o príncipe Andrew se separou de Sarah Ferguson, que, como Diana, é popular e tem relacionamento difícil com a família real. Edward, 31, o outro irmão, deve se casar em breve.
Em 1936, o rei Edward 8º teve de ser convencido a desistir do trono para que pudesse se casar com Wallis Simpson, uma norte-americana divorciada.
Mais recentemente, a princesa Margaret, irmã de Elizabeth 2ª, abandonou o único homem que, segundo a imprensa britânica, ela amou, porque ele era divorciado.
A princesa terminou seu relacionamento com o capitão Peter Townsend em 1955, citando o ensinamento de que o casamento cristão é indissolúvel.
Ironicamente, Margaret se divorciou do lorde Snowdown em 1978. Ela nunca mais se casou, e é comumente descrita como uma divorciada solitária que não foi feliz por causa das obrigações reais.
Os membros da família real de períodos anteriores estavam menos preocupados com as suas ações.
No século 16, o rei Henrique 8º abandonou quatro das suas mulheres, decapitou duas delas e se divorciou de outras duas.
No século 18, o rei George 1º divorciou-se da princesa Sophia Dorothea sob a lei de Hanover (Alemanha), antes de se tornar rei. No entanto, o divórcio não foi reconhecido em seu país.
George 6º tentou se divorciar de sua mulher, Caroline de Brunswick-Wolfenbuttel, de quem estava separado. Para isso, tentou passar uma determinação no Parlamento, criando um dos maiores escândalos da família real.
Os dois se separaram quando George 6º ainda era príncipe, poucas semanas depois do nascimento de uma filha do casal.
O projeto para dissolver o casamento não foi aprovado. Cansados de tantas brigas, os príncipes britânicos passaram então a buscar casamentos arranjados com famílias reais do continente europeu.

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