São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Austrália rejeita monarquia

OTÁVIO DIAS
DE LONDRES

A Austrália, uma das ex-colônias do Império Britânico que tem a rainha Elizabeth 2ª como chefe de Estado, é hoje um exemplo claro do desgaste provocado pelo casamento de Charles e Diana na imagem da monarquia britânica.
Na campanha eleitoral para o Parlamento do país, que acaba amanhã, a abolição da monarquia esteve no centro das atenções.
Os dois líderes partidários, o oposicionista John Howard, da coalizão nacional-liberal, e o premiê Paul Keating, do Partido Trabalhista, defenderam a instalação de uma república no país.
Se reeleito, Keating prometeu realizar um plebiscito até um ano após as eleições. A população responderia: "Você quer que um australiano seja chefe de Estado?".
Se o "sim" vencer, ele pretende proclamar a república em 2001. Seu principal opositor, Howard, propôs uma convenção em 1997 para discutir a questão.
Segundo uma pesquisa publicada há 14 dias, 80% dos australianos não querem a rainha como chefe de Estado. Os fracassos matrimoniais de seus filhos são um dos motivos da impopularidade.
Outra razão é a redução da importância do Reino Unido para a economia da Austrália. Hoje, 78% das exportações do país são dirigidas ao mercado asiático.
(OD)

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