São Paulo, domingo, 3 de março de 1996 |
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Calendário mostra 90 feiras no país
ALINE SORDILI
Os números apresentados pelos organizadores de feiras no Brasil são assustadores. Áreas médias com quase 50 mil m² e expositores batendo a casa dos 5.000 ao ano. Essa infra-estrutura deve receber em 96 uma multidão de 2,5 milhões de visitantes -entre compradores e curiosos-, que garante a produção dos expositores em até quatro meses após o evento. A maioria das empresas organizadoras de eventos está no mercado há muitos anos. A Lemos Britto Congressos e Feiras, por exemplo, há 18 anos realiza entre 15 e 20 eventos anualmente. "Na feira, o comprador vai atrás do empresário. Na feira especial para padarias, realizada em São Paulo, recebemos 36 mil visitantes, sendo que o Brasil tem 50 mil padarias", comemora Lemos Britto. Na opinião de José Rafael Guagliardi, 53, diretor-superintendente da Alcantara Machado Feiras e Promoções, as feiras não movimentam apenas os produtores. Envolvem também, diz ele, o setor hoteleiro, o turismo, os bares e restaurantes. "As feiras são catalisadoras de mão-de-obra", afirma. As empresas organizadoras comercializam, normalmente, apenas a área física do evento. Eduardo Guazzelli, 40, diretor-superintendente da Guazzelli Associados, diz que sua empresa cobra entre R$ 100 e R$ 200 o m² por dia pela área do estande. Para as pequenas empresas, a boa notícia é que elas, em alguns eventos, podem conseguir estandes subsidiados pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo). Este ano, o Sebrae terá área reservada em 16 feiras. Nesses espaços, de 300 m2 em média, o órgão subsidia estandes de 12 m² a 32 m², equipados com mesa, cadeiras, carpete e energia elétrica. Célia Miguel, 47, gerente operacional do Sebrae-SP, ressalva que a participação dos pequenos empresários em feiras, com o auxílio do órgão, fica restrita a apenas três oportunidades por ano. Os estandes subsidiados pelo Sebrae custam, em média, R$ 135. Um dos maiores locais para a realização de feiras em São Paulo é o Expo Center Norte. Com a primeira parte inaugurada em novembro de 1993, o complexo conta hoje com cinco pavilhões que somam 47.770 m² -o equivalente a quase sete campos de futebol. Para esse ano, informa Sérgio Medina Pasqualin, 45, diretor-comercial do Expo Center Norte, estão assinados 46 contratos. Como novidade, Pasqualin adianta que acontecerá em outubro a Food Ingredients, para o setor de alimentação. LEIA MAIS sobre as feiras no calendário à pág. 6-14 Próximo Texto: Empresas fazem de tudo para manter cliente Índice |
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