São Paulo, segunda-feira, 4 de março de 1996 |
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BM&F lança contrato de título da dívida
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
"O primeiro vai ser o C-Bond", diz o superintendente técnico da BM&F, Marco Aurélio Teixeira. Cotado em dólar, o acerto final entre o comprador e o vendedor será feito em reais. A oscilação dos preços no mercado internacional não preocupa. Ao contrário. Segundo Teixeira, "a volatilidade é uma forma para medir a incerteza. E a incerteza é o que se negocia no mercado futuro". Para Márcio Verri, diretor-adjunto de tesouraria do Banco de Boston, o contrato deve ampliar o número de "players" (bancos que operam no mercado). Os papéis são negociados no exterior "e muitas instituições não têm estrutura internacional formada". No caso do contrato da BM&F, não existe a necessidade dessa estrutura. Será um "bom termômetro", diz Deiwes Rubira de Assis, do ING Bank. Um termômetro que vai medir também as expectativas de continuidade e sucesso do Real. Segundo os analistas, são três os fatores que formam o preço dos títulos: os juros pagos nos EUA; as expectativas de investimento na América Latina (os investidores olham para blocos de países e, por isso, a BM&F pretende também negociar títulos argentinos e mexicanos); e as expectativas específicas do país, o chamado "risco Brasil". Com base nesses fatores, o mercado estabelece o preço do título, que é negociado com um desconto. Na sexta-feira, por exemplo, o C-Bond fechou cotado a US$ 0,6178 (desconto de 38,12%). O peso de cada fator varia conforme as circunstâncias. Nas últimas semanas, ganhou importância a discussão sobre o tamanho dos juros nos EUA, que subiram. Texto Anterior: "Só vendo", diz diretor da GM Próximo Texto: CONFIRA SUA APLICAÇÃO Índice |
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