São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996 |
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Como será o depoimento . Governo O presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, vai insistir que a instituição tem sido muito rigorosa para com os bancos e, somente por essa razão, estão aparecendo as fraudes cometidas no sistema financeiro. Parlamentares que são aliados ao Planalto vão elogiar o fato de o governo ter incluído na medida provisória do programa de fusão de bancos a possibilidade de colocar em indisponibilidade bens de controladores e de diretores de instituições que fraudem o sistema financeiro. . Oposição Parlamentares de oposição vão pressionar Gustavo Loyola, o presidente do Banco Central, para que ele não se saia bem de seu depoimento, forçando, assim, a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos bancos. Opositores coletam declarações de Loyola na imprensa e vão tentar fazer com que ele entre em contradição com relação a datas e valores referentes ao rombo do Banco Nacional. Também vão tentar constranger Loyola, forçando-o a repetir que o Banco Central e o Palácio do Planalto sabiam do rombo do Banco Nacional desde outubro do ano passado. . Loyola O presidente do BC deve apoiar a idéia de punir auditores de balanços fraudados, defendida pelos senadores. Deve anunciar ainda, para breve, o envio ao Ministério Público de notícia-crime contra o Nacional e seus controladores. Também poderá adiantar estudos que estão feitos para aperfeiçoar o setor de fiscalização do BC. . Fator ACM O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) pode ser o fator-surpresa do depoimento de hoje. ACM diz que decidirá se entrega ou não à direção do BC três envelopes contendo supostas informações sobre fraudes no sistema financeiro. Ele afirma que tem muitas perguntas para fazer a Loyola sobre as fraudes do Nacional. A dúvida é se cumprirá ou não as ameaças. Texto Anterior: Oposição tem presença limitada em depoimento Próximo Texto: 'Não hesitei', afirma FHC Índice |
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