São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996
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Papelão parlamentar; Tiro pela culatra; Maracujina nele; Enxugando gelo; Explica mas não convence; Difícil de engolir; Assim não dá; Próximos passos; Conexão lusitana; Enrolando o lero; Gato escaldado; Morde e assopra; Dança partidária; Jogo duplo; Êxodo paulistano; Visita à Folha

Papelão parlamentar
Parlamentares da oposição e do governo avaliam que o destempero de ACM ajudou Loyola no depoimento de ontem. Para o governo e Loyola, o resultado foi zero a zero. Já ACM e o Congresso perderam de goleada.

Tiro pela culatra
Morreram ontem as chances de ACM vir a presidir o Senado. Ney Suassuna foi o sexto senador agredido pelo parlamentar baiano. "Não tem cabimento um senador que bate e xinga os colegas", diz um governista.

Maracujina nele
ACM agora é visto como o Edmundo do Senado. Perde a cabeça fácil. O lado "animal" do jogador arregimenta, porém, muitos fãs. Depois do soco, os garçons do Senado trocaram a água por suco de maracujá.

Enxugando gelo
A oposição elogiou o adestramento recebido por Gustavo Loyola para o depoimento de ontem. O cafezinho do Senado ficou lotado pela manhã com parlamentares que não aguentavam mais explicações técnicas.

Explica mas não convence
Para Amin, está claro que o Proer foi criado para o Nacional. Diz que não vale a desculpa de que o problema era grave demais para ser tornado público.

Difícil de engolir
Paes de Andrade, presidente do PMDB, diz que o depoimento de Gustavo Loyola sobre o Nacional não esvaziou a tese da CPI. "Não posso dizer que o partido apóie a CPI, mas o depoimento esteve para lá de insatisfatório."

Assim não dá
Governo e oposição concordavam ontem: o Congresso perdeu a oportunidade para aprofundar a discussão sobre a fiscalização do BC. Mas é certo que ele não sobreviverá à crise como está.

Próximos passos
O BC e líderes governistas acertaram a regulamentação do artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro. O pefelista Benito Gama (BA) apresenta um projeto no mês que vem.

Conexão lusitana
Sarney vai a Lisboa para a posse do novo presidente de Portugal, Jorge Sampaio. Planeja passar em revista a política brasileira com o anfitrião Itamar Franco. Depois dos marimbondos, as orelhas de FHC vão esquentar.

Enrolando o lero
Com o FEF aprovado, o governo vai exigir a colocação de mais R$ 4 bi no Orçamento de 96, como previsto. Com isso, adia ainda mais a aprovação das contas e continua, já no terceiro mês do ano, gastando como quer.

Gato escaldado
Numa escala de zero a dez, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, dá dois para a possibilidade de a emenda da reeleição ser votada ainda neste ano. "Em política, nada pode ficar abaixo de zero ou perto disso", diz.

Morde e assopra
A exemplo do PMDB, o PPB discute a reeleição na Convenção Nacional do dia 20. Os pepebistas não se inclinam muito pela idéia, mas devem remetê-la para 1997.

Dança partidária
O PFL deve mesmo pegar a Comissão de Comunicação da Câmara, para tristeza de Sérgio Motta. O PMDB deve ficar com a de Constituição e Justiça, com Aloysio Nunes na presidência.

Jogo duplo
Apesar do rompimento com o governo na questão da Previdência, Vicentinho não pulou fora da negociação da reforma administrativa. Estará com Moreira Franco (PMDB-RJ) na sexta.

Êxodo paulistano
Mais de 22 mil funcionários deixaram a prefeitura paulistana desde a posse de Maluf. O prefeito diz que não preencherá as vagas, mas vive abrindo concursos com salários que ninguém topa.

Visita à Folha
O secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo, Hugo Marques da Rosa, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do presidente da Sabesp, Ariovaldo Carmignani, e da assessora de imprensa, Maria Monserrat Padilla.

TIROTEIO
Do senador Vilson Kleinubing (PFL-SC), sobre o atual perfil do sistema financeiro do Brasil:
- Algo que permite juro de 4% ao mês para o investidor, liquidez total e ausência de risco para os bancos é mais do que falta de vergonha. É o nirvana.

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