São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996
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Peugeot e Renault podem se unir para fazer carro no Brasil

ARTHUR PEREIRA FILHO
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

A Peugeot pode se associar a outras marcas para produzir automóveis ou motores no Brasil. Um dos possíveis parceiros é outra montadora francesa a Renault.
A afirmação é de Corrado Provera, diretor do departamento de informação da Peugeot. "Vamos construir carros ou partes de carros no Brasil", diz Provera. "A decisão final deve ser tomada até o final do ano."
Segundo ele, "a uma necessidade psicológica de produzir algo no Brasil". Para a Peugeot, diz, não é mais possível crescer no mercado brasileiro com a importação de carros montados na argentina.
Provera afirma que uma parceria com a Renault é apenas uma das possibilidades estudadas pela Peugeot e que ainda não foi discutida entre as duas empresas.
A Renault francesa por meio da sua assessoria de imprensa diz desconhecer o assunto.
A Renault já anunciou que vai investir US$ 1 bilhão para produzir cem mil carros por ano a partir de 1999 no Brasil. O local da fábrica deve ser definido dentro de dez dias.
Provera diz que nenhuma alternativa foi descartada até agora. "A Peugeot pode fabricar carros completos ou apenas motores, tanto em cooperação com outro fabricante, como sozinha", diz.
O diretor da Peugeot disse que a montadora e a Renault já desenvolvem produtos em conjunto na Europa. No final do ano, será lançado um novo motor V6, projeto comum das duas empresas que será usado nos carros da Renault, Peugeot e Citro‰n (associada a Peugeot na França).
A Peugeot também mantém parcerias com a Fiat. As duas são sócias em uma fábrica de utilitários no sul da Itália e outra de automóveis no norte da França.
Mas Provera descarta a parceria Peugeot/Fiat no Brasil. "A Fiat tem uma posição muito mais forte do que a nossa no país."
GM
A General Motors do Brasil vai exportar entre 40 mil e 50 mil peruas Blazer por ano para a Rússia. Os carros serão vendidos desmontados. A GM enviará o kit de peças e a montagem do carro fica por conta da Elaz (Elabuga Automotive Works), uma fábrica russa.
O acordo foi assinado em dezembro do ano passado, mas ainda não foi definida a data para o início das exportações.
A afirmação é de Louis R. Hughes, presidente de operações internacionais da GM e vice-presidente executivo da GM mundial.
Segundo Hughes, as exportações da GM brasileira fazem parte da estratégia de diversificação.

O repórter Arthur Pereira Filho viaja a convite da Peugeot do Brasil

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