São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996 |
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Delgado quer mais gols
MARCELO DAMATO
Nunca antes havia feito tantos como neste torneio, sete em seis jogos. Em Mar del Plata, fez de cabeça, com o pé direito e com o pé esquerdo, de falta, chutando de fora da área e de dentro. (MD) * Folha - Você passou a jogar de um modo diferente neste Pré-Olímpico? Marcelo Delgado - Não. Jogo como sempre fiz. Sei tanto jogar na área, como abrindo espaços e dando assistências. Folha - Fazia gols? Delgado - Poucos. Nunca fui artilheiro como o Crespo. Agora, não quero parar mais. Folha - O que aconteceu para que você virasse artilheiro? Delgado - Aprendi a ser frio na finalização. Antes, tinha chances, mas as perdia. Folha - Como é se sentir, pela primeira vez, artilheiro de uma competição? Delgado - É bom ver meu nome no topo da lista dos jornais. Mas o mais importante é a vitória da equipe. Folha - O que você acha do zagueiro Narciso, que será seu marcador? Delgado - Para estar na seleção no Brasil é preciso ser bom. Mas a defesa brasileira tem exibido problemas. É jovem, como a nossa. Folha - E o restante da equipe do Brasil? Delgado - É muito forte do meio-campo para a frente. Neste jogo, quem cometer um erro provavelmente perderá. Folha - Como se pode ganhar do Brasil? Delgado - Vamos manter o modo que temos jogado. Com velocidade e precisão. Vamos tentar marcar um gol de saída e depois buscar mais. Ninguém vai nos ver gastando o tempo para segurar o resultado. Folha - Nos dois últimos confrontos com o Brasil, em um (Copa América-95), a Argentina foi eliminada por um gol irregular, e, no outro, perdeu uma invencibilidade de 16 anos em casa. Este jogo vale como revanche? Delgado - Não creio. Esta é outra seleção. Mas há sempre rivalidade quando essas duas equipes se encontram. Este clássico tem sabor especial. Texto Anterior: Final do Pré aponta favorito em Atlanta Próximo Texto: O Brasil no Pré-Olímpico Índice |
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