São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996
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Boca Livre lança CD no Supremo Musical

MARIANE MORISAWA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O novo disco "Americana", gravado nos EUA, comemora 18 anos de carreira do grupo vocal carioca de MPB

O grupo Boca Livre faz, a partir de hoje, temporada de shows do lançamento de seu novo CD, "Americana". Zé Renato, Maurício Maestro, Fernando Gama e Lourenço Baeta apresentam-se no Supremo Musical, comemorando 18 anos de carreira.
Depois de fazer um disco só com sucessos - o projeto "Song Boca", que incluía também um livro de partituras -, o grupo volta a apresentar um trabalho com músicas inéditas.
Gravado durante turnê feita pelo grupo nos Estados Unidos e no Canadá, "Americana" conta com parcerias e participações especiais.
Além de músicas compostas pelos integrantes do conjunto, há parcerias com Joyce, como nas canções "Paraíso", "Rodando a Baiana" e na faixa que dá título ao disco.
"Maracatu Silêncio", de Zé Rocha e Erasto Vasconcelos, gravado por Lenine, também faz parte do disco.
Fãs dos Beatles, os integrantes do Boca Livre resolveram gravar "I Need You", composta por George Harrison. No show, entretanto, a música é substituída por "Drive My Car".
Na apresentação, eles cantam músicas-solo e mostram um arranjo novo para "O Boto", de Tom Jobim. Sucessos antigos, como "Toada" e "Quem tem a Viola", também estão presentes no repertório do show. "São músicas que, se a gente não tocar, o público reclama", diz Baeta.
"Americana" tem participação de músicos norte-americanos e do brasileiro Naná Vasconcelos, que mora nos EUA há algum tempo.
No show, Luiz Antônio, nos teclados, e Pantico, na bateria, acompanham o grupo.
Depois de se apresentar em São Paulo, o Boca Livre segue em turnê. Em julho, eles esperam voltar aos Estados Unidos, para lançar "Americana".
Desde 1993, o Boca Livre investe em sua carreira internacional. O primeiro CD da nova formação - saiu Davi Tygel e entrou Fernando Gama -, "Dançando pelas Sombras", foi lançado nos Estados Unidos e está para desembarcar no Japão. "A globalização é uma via de mão dupla. Nada mais justo que eles abram as comportas para a gente também", diz Baeta.

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